A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está com inscrições abertas, até 5 de outubro, para o projeto Meninas Negras na Ciência. A iniciativa busca estimular o protagonismo juvenil e ampliar a presença de jovens negras nas áreas de ciência, saúde e tecnologia. O edital completo está disponível no Portal da Fiocruz, e as inscrições devem ser feitas por meio de formulário online.
O programa terá duração de dez meses e vai contemplar 25 meninas cis ou trans, que se autodeclarem negras (pretas ou pardas), com idade entre 15 e 19 anos. Três das vagas são reservadas para participantes com deficiência.
As candidatas devem estar matriculadas no 1º ou 2º ano do ensino médio (regular, técnico integrado ou EJA), nos turnos da tarde ou da noite, em escolas públicas, e residir em comunidades da zona norte carioca: Manguinhos, Maré, Jacarezinho, Complexo do Alemão ou São Cristóvão.
Apoio e atividades formativas
O público foi escolhido por estar em situação de vulnerabilidade social e historicamente invisibilizado nos campos da ciência e da tecnologia. Para garantir o acesso e a permanência, o projeto oferecerá tablets e bolsa permanência a todas as participantes.
A jornada incluirá:
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rodas de conversa;
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cine-debates;
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palestras e oficinas temáticas;
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visitas a laboratórios de pesquisa, centros culturais e museus.
O ciclo será encerrado com um evento sociocultural que valoriza as experiências das participantes.
Segundo Hilda Gomes, coordenadora de Equidade, Diversidade, Inclusão e Políticas Afirmativas (Cedipa/Fiocruz):
“Estamos muito animadas com esta edição, que conta com novos parceiros e tem potencial para transformar a vida de muitas jovens. Vamos construir uma rede de trabalho colaborativa com cientistas negras e apresentar às participantes os espaços de aprendizado da Fiocruz e as possibilidades nos campos da ciência, da saúde e da tecnologia.”
Histórico do projeto
O Meninas Negras na Ciência foi idealizado em 2017 pelas educadoras Hilda Gomes e Aline Pessoa como uma estratégia de diálogo com a sociedade e incentivo a jovens negras do ensino médio. Desde a criação, já beneficiou mais de mil pessoas, com atividades educativas, culturais e científicas, promovendo inovação, empoderamento e protagonismo da juventude negra periférica.
Cedipa/Fiocruz
Criada em março de 2023, a Coordenação de Equidade, Diversidade, Inclusão e Políticas Afirmativas (Cedipa) tem como missão implementar ações que assegurem equidade e inclusão, enfrentando o racismo, capacitismo, machismo, misoginia, xenofobia, LGBTIfobia e outras formas de violência