A Força-Tarefa da Saúde, criada para fiscalizar unidades do SUS, composta por cinquenta membros integrantes do MPDFT, Conselho de Saúde do DF, Conselhos Regionais e Sindicatos dos segmentos da saúde e OAB, foi criada para apurar a prestação de serviços públicos de saúde e começou seu trabalho nesta quarta-feira 15/05.

O Hospital Regional da Ceilândia foi o primeiro a receber a força-tarefa, que constatou super lotação, cadeiras usadas como leitos, pacientes pelos corredores e retenção de balão de oxigênio e de macas do Samu, que não fazem parte do HRC.

Para o titular da 1ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus) Jairo Bisol (integrante da força-tarefa), um dos grandes problemas da saúde no DF está na atenção primária. “O programa Saúde da Família e os postos de saúde não dão conta da demanda porque os médicos foram deslocados para os hospitais pelo atual governo. Houve um desmanche da atenção primária, que deveria atender os casos mais simples, funcionando como porta de entrada do sistema. Fechada essa porta, as pessoas com problemas de saúde mais simples vão parar nos hospitais e se misturam com os casos mais graves nas filas das emergências, onde não há triagem por falta de profissional habilitado. Por isso, vemos casos como a da jovem de 19 anos que faleceu no Hospital de Sobradinho por falta de atendimento”, completa.

Cris Oliveira com informações do MPDFT