Em audiência de custódia realizada por videoconferência no início da tarde deste domingo (23), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou ter sofrido um surto e negou qualquer intenção de fuga. Segundo relatos internos, Bolsonaro atribuiu o episódio ao uso de medicamentos e demonstrou sinais visíveis de abatimento durante a sessão.
A audiência foi conduzida por um juiz auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, com participação da defesa do ex-presidente e de um representante do Ministério Público Federal. O procedimento avaliou a legalidade da prisão, eventuais irregularidades e o acesso pleno à defesa.
Após a análise, o Supremo Tribunal Federal manteve e homologou a prisão preventiva de Bolsonaro.
Tentativa de violação da tornozeleira motivou pedido de preventiva
Bolsonaro está detido desde sábado (22) na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. A prisão preventiva foi decretada após investigadores constatarem tentativa de violação da tornozeleira eletrônica com o uso de um ferro de solda. O ex-presidente estava em prisão domiciliar desde agosto.
O pedido de conversão para prisão preventiva foi apresentado pela Polícia Federal, teve aval da Procuradoria-Geral da República e foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes no âmbito de uma investigação sigilosa.
Ata será divulgada e visita de Michelle foi autorizada
O STF informou que a ata da audiência será divulgada após a conclusão do procedimento. Ainda neste domingo, Bolsonaro recebeu autorização para visita de sua esposa, Michelle Bolsonaro, no período entre 15h e 17h.
