O Domingo (28/02) não foi muito calmo na residência do governador do DF, Ibaneis Rocha. No início da manhã, a manifestação encabeçada por grandes opositores do Governador Ibaneis Rocha começou a tomar formato. Blusas verde e amarela lembravam que uma boa parte dos manifestantes eram líderes de movimentos do presidente Jair Bolsonaro, que nunca foi a favor das normas de segurança da Organização Mundial de Saúde.

No embalo da frustração dos empresários ao verem novamente a economia ser abalada com o Lockdown, as parlamentares Bia Kisis, Paula Belmonte e Júlia Lucy fizeram discursos inflamados contra o Decreto n° 41.849 do governador Ibaneis, que impõe o Lockdown no comércio do DF, fechando mais de quatorze atividades econômicas durante quatorze dias consecutivos. De arrogante a outros nomes, o governador foi literalmente xingado.

O lockdown é uma medida completamente impopular para qualquer governador. Presente em várias cidades do Brasil durante a pandemia do COVID-19, a medida de restrição chamada lockdown é usada principalmente para não colapsar o sistema de saúde.

Ao decretar o Lockdown, o governador Ibaneis Rocha falou sobre a falta de leitos de UTI no DF e que, infelizmente, a medida se faz necessária no momento. Sem dúvidas o Lockdown desagrada a economia.
Os adversários do governador Ibaneis Rocha trabalham para travar sua reeleição, usando o lockdown como carta na manga para desarticulá-la.

Algumas perguntas devem ser feitas ao governador:
Por que esperar vacinas do Ministério da Saúde, se o próprio presidente Jair Bolsonaro se mostra insatisfeito com as medidas do governo Ibaneis Rocha, publicando vídeos de empresários do DF em sua rede social?

Se o decreto do uso de máscaras e normas para o comércio não foi suficiente para conter o contágio do vírus, por que o DF Legal não usou o poder para multar e fechar estabelecimentos que não respeitaram o protocolo de prevenção e combate ao Covid?

A conscientização do risco de morte em uma pandemia está nas mãos de cada cidadão que ama e cuida da sua família, e não de comerciantes ou deputados inflamados que tentam achar uma brecha para ganhar a eleição de 2022. Não podemos prejudicar a economia, mas também não podemos ser coniventes com as mortes e com o fracasso total do sistema de saúde. Sabemos que muitas empresas se sustentaram durante a pandemia com o serviço de delivery. Outras não conseguem prestar esse tipo de serviço, mas buscam sobreviver e precisam de mais incentivos financeiros.

A velha política reza que os políticos se estabelecem na pobreza e no CAOS instalado na sociedade. Onde estão os novos políticos? Promovendo aglomerações, sendo contra a regras sanitárias?

Se reúnam e comprem vacinas para o Distrito Federal. Ser contrário às medidas para conter o contágio não ajuda.

Cris Oliveira