Acusado de assédio sexual e moral pela funcionária da administração de Santa Maria, o administrador Miro foi exonerado pelo governador em exercício Paco Brito em edição do DODF de sexta-feira (06).

O caso que foi registrado na Delegacia da Mulher-DEAM, repercutiu durante toda a semana como manchete nos veículos de comunicação e tomou grande proporção nos grupos de WhatsApp de Santa Maria e de todo DF.

Por ser o administrador, indicação de uma parlamentar mulher, a deputada e presidente do PTB-DF Jaqueline Silva, moradores de Santa Maria esperavam que o administrador fosse afastado do caso imediatamente, mas como a parlamentar se manteve em silêncio, foi extremamente criticada em não tomar posição de pedir a exoneração.

Nos corredores do Palácio do Buriti, o comentário que rolava era que o governador Ibaneis Rocha, mesmo de viagem marcada para Roma, já havia deixado pronto o ato de exoneração do administrador de Santa Maria.

A funcionária de 28 anos, que denunciou o assédio, foi criticada por alguns machistas apoiadores da deputada, que fizeram comentários maldosos e até preconceituosos, em relação à defesa de um grupo de mulheres, que estavam organizando, uma manifestação para próxima segunda-feira contra a permanência de Miro no cargo de administrador. Entre as manifestantes estava a suplente de deputada distrital Kelly Bolsonaro.

No decorrer da semana, prints de outros possíveis assédios praticados por Miro foram compartilhados. Alguns casos durante a campanha de Jaqueline Silva e outro na época que era conselheiro tutelar, mas como não houve registro de ocorrência policial os casos não foram divulgados.

O assédio sexual e moral não foi o único deslize da “gestão” de Miro na cidade. Houve também agressão verbal a uma idosa, que após discutir com o administrador por causa de uma poda de árvore foi socorrida pelo Samu.

 

Cris Oliveira