AS QUENTES DA POLÍTICA DO DF

Racha na esquerda, silêncio seletivo em Taguatinga e teletrabalho empacado: a política do DF ferve nos bastidores enquanto autoridades fingem que não é com elas.

Por Cris Oliveira

Bomba no PSB-DF: presença do presidente do PT causa terremoto na esquerda

A convenção do PSB-DF, que deveria ser só mais um evento burocrático, virou palco de farpas silenciosas e sorrisos forçados. A presença do presidente do PT-DF foi o ingrediente que faltava para incendiar os bastidores da política local. O que era para ser mera formalidade virou sinal claro de que o jogo mudou. A visita do petista lança dúvidas sobre o apoio à candidatura de Leandro Grass, que vinha se posicionando como favorito da esquerda. Agora? Tudo no ar.

De onde surgiu esse tal de Ricardo Cappelli? PSB lança o desconhecido como pré-candidato ao GDF

A pergunta que ecoa pelos corredores políticos é: quem é Ricardo Cappelli? Tido como forasteiro, Cappelli nunca teve base no DF. Veio direto do Maranhão, onde atuou como assessor de comunicação no governo Dino. Agora, desembarca no quadradinho com pompa de pré-candidato ao GDF, empurrado pelo PSB-DF com o apoio do PT. Um nome sem história no DF, mas com padrinhos poderosos. Seria ele um cavalo de Troia?


Rollemberg dá linha e joga Cappelli na fogueira

Rodrigo Rollemberg, que (DES) governou o DF e saiu com baixa aprovação, decidiu sumir do mapa. Sem força para voltar à linha de frente, passou a batata ao “importado” Cappelli e preferiu um sumiço estratégico. Rollemberg, ao que tudo indica, fez o movimento para agradar a cúpula do PSB nacional e limpar o próprio nome nos bastidores. Mas será que o tiro não sairá pela culatra?

Senadora Leila: de processada a companheira de convenção

Quem também causou espanto foi a presença da senadora Leila Barros na convenção do PSB-DF. Leila, que foi condenada a pagar R$ 102 mil em mensalidades atrasadas ao partido  e teve até carro penhorado, apareceu sorridente ao lado de Rollemberg, justamente ele, o responsável pela cobrança judicial. Perdão político? Ou cálculo eleitoral? De “inimiga íntima” a aliada reluzente. A política realmente é o terreno onde tudo muda conforme o vento.

Clima de guerra na esquerda: candidatura de Leandro Grass balança com investida do PSB-DF

Com Cappelli lançado como pré-candidato ao GDF, o PT-DF vive um dilema: insistir em Leandro Grass, que já vinha em pré-campanha, ou embarcar no “projeto nacional” empurrado goela abaixo? Fontes nos bastidores apontam que a esquerda está dividida e o racha é real. Grass vê sua força escorrer pelos dedos enquanto lideranças petistas se aproximam perigosamente do PSB.

Em Taguatinga, silêncio só vale para os outros

Em Taguatinga, o barulho pode desde que seja no Serejão. A ordem é clara: joga os eventos ali e abafa o eco no hospital de Samambaia. Já no Taguaparque, a coisa muda de figura. Segundo fontes, só acontece evento por lá se o Administrador Regional der o sinal verde. E tem mais: dizem que o bispo, homem forte nos bastidores, não aceita de jeito nenhum que eventos seculares sejam realizados no espaço. Ou seja, o parque é público, mas a decisão é privada  e com bênção seletiva.

Não adianta reclamar

A coluna tentou contato com o chefe de gabinete da Administração de Taguatinga via WhatsApp, mas — como já era de se esperar — não teve qualquer resposta. Silêncio absoluto. Quando o assunto incomoda, a estratégia é simples: ignorar e torcer para passar batido. Mas aqui, não passa.

Teletrabalho na CLDF: novela que ninguém consegue encerrar

A Câmara Legislativa do DF continua patinando na definição sobre o teletrabalho. Na reunião da Mesa Diretora do dia 8 de abril, o tema foi empurrado para análise técnica sem prazo para voltar à pauta. Enquanto isso, os servidores seguem no escuro. Desde o vai e vem entre os Atos nº 4/2025 e nº 150/2023, reina a confusão institucional.

Servidores em estágio probatório no home office levantam polêmica nos bastidores

A cereja do bolo? Segundo o Portal da Transparência, cerca de 280 servidores estavam em regime remoto em março, muitos ainda em estágio probatório. Apesar de o Ato nº 150/2023 não vetar expressamente a prática, o modelo levanta questionamentos graves: como avaliar o desempenho de quem não pisa na CLDF? Internamente, o clima é de desconforto, e a pressão só aumenta.

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