No lugar da madeira velha e já corroída pelo cupim, o assoalho da nova ponte construída pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF) sobre o córrego Ribeirão Barbatimão, em Planaltina, agora será de ferro. O material é mais resistente e irá suportar o pesado e intenso tráfego de caminhões que passam abarrotados, principalmente, de grãos de feijão, soja e milho.
A ponte fica justamente no meio do trajeto entre as 20 fazendas da Comunidade Rio Preto, na zona rural da cidade, e a cooperativa responsável por dar vazão à safra daqueles agricultores – à margem da DF-320, no sentindo ao Paranoá. Parte dela abastece as prateleiras de vários supermercados do Distrito Federal. Mas, há 15 dias, o trecho de madeira, que já apresentava desgaste, quebrou de vez quando um caminhão carregado de soja passava.
Desde então, os fazendeiros se viram obrigados a dar uma volta maior e percorrer até 30 km para chegar ao local para descarregar a carga: a Cooperativa Agrícola do Rio Preto Ltda. (Coarp), responsável por negociar as toneladas de feijão, soja e milho com os compradores. O que aumentou não só o tempo, mas a despesa com óleo diesel.
Mas esse incômodo não deve durar muito. Com mão-de-obra e recursos próprios, o DER iniciou a reconstrução da ponte. Na verdade, será uma nova passagem, pois, da antiga, não será aproveitado nada. A estrutura será toda de ferro, inclusive, o assoalho. Serão sete metros de largura e 17 metros de comprimento.
O prazo de entrega da obra é de três semanas. De acordo com o engenheiro responsável pela obra, Kênio Avelar, chefe do 1º Distrito Rodoviário do Departamento do DER, os trabalhadores que estão no empreendimento sabem da importância do serviço ali e dos transtornos causados aos motoristas que abastecem o mercado de alimento. “Estamos todos empenhados nesta obra com o objetivo de liberar o trânsito aqui na VC-173. Sabemos que uma interdição causa transtornos porque a população precisa procurar caminhos alternativos, mas é questão de segurança para todos”, esclareceu.
A equipe incumbida de recuperar a passagem sobre o córrego é liderada pelo chefe do Núcleo de Conservação Manual do DER, Jaime Cândido. Segundo ele, a ponte nova terá estrutura para aguentar um verdadeiro comboio de caminhões. “Vai ficar muito boa. Estamos dez homens aqui trabalhando aqui o dia todo”, garante Cândido.
O trabalho de Jaime é fundamental para o trabalho de Clarice Lopes, gerente da Coarp, e do motorista João Vieira, 41, que presta serviço para um fazendeiro cooperado. “O morro agora é bem maior. Os caminhões demoram para chegar”, reclama a primeira. “O importante é que vai ficar mais segura para a gente que passa lá diariamente”, observa o segundo.