No Brasil, o ensino superior de Gastronomia começou em 1999. Neste período, chef’s franceses precisaram vir para o país para suprir a demanda da docência. A Faculdade Cambury foi à primeira instituição do centro-oeste a ofertar o curso. Em 2004, começou com o curso superior tecnólogo e depois cursos de pós-graduação. Atualmente, quatro cursos livres serão ofertados também à sociedade. São eles: cozinha básica; formação de chef’s; bebidas, drinks e enologia; panificação e confeitaria. O objetivo é aumentar a credibilidade para o setor, que não para de crescer.
Segundo o SEBRAE, micro e pequenas empresas representam 98,5% do total de empreendedores brasileiros. Especificamente, no ramo da alimentação fora do lar são 51%. Para satisfazer esses clientes, ter uma boa estrutura física não basta. Atendimento de excelência, pratos apetitosos estão no rol das principais exigências. Profissionais habilitados, competentes e criativos são os que garantirão a satisfação plena desse público.
Sobre o estado de Goiás, o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, Fernando de Oliveira Jorge entende que o setor gastronômico apresenta um crescimento orgânico. “Com o objetivo de se posicionar ou reposicionar os negócios, os restaurantes investem em oferecer uma experiência personalizada aos clientes; seja através de um cardápio exclusivo ou pela excelência em qualidade no atendimento. Deste modo, faz-se necessário à contratação de uma mão de obra qualificada e especializada”, complementa.
A Faculdade Cambury, pioneira no ensino gastronômico, realiza adequações constantemente para atender um mercado cada vez mais exigente. Alterações na graduação como: inclusão da disciplina de comidas de rua, novas técnicas de coquetéis na parte de mixologia são alguns exemplos. Já no MBA Gastronomia e Negócios em Alimentação, disciplinas como sustentabilidade, sabores do oriente, do ocidente e cozinha autoral, foram introduzidas esse semestre.
O diretor de ensino da Faculdade Cambury, Valdir Inácio diz que a instituição contribuiu para as mudanças no setor gastronômico de Goiás. “Acho que a importância maior foi essa profissionalização do mercado, porque quando começou foi percebido que até para ter professor com formação era difícil. Os educadores tinham somente notórios saberes. Técnicas adquiridas no convívio da cozinha com a mãe, avó, entre outros”, explica.
O que faz o gastrônomo?
O tecnólogo em Gastronomia concebe, planeja, gerencia e operacionaliza produções culinárias, atuando nas diferentes fases dos serviços de alimentação, considerando os aspectos culturais, econômicos e sociais. Empresas de hospedagem, restaurantes, clubes, catering, bufês, entre outras são possibilidades de locais de atuação desse profissional. O domínio da história, dos alimentos, da cultura dos diversos países e da ciência dos ingredientes. A criatividade e atenção à qualidade são essenciais nessa profissão, em que o alimento é uma arte.