Brasília – O eleitor encontrará muitos nomes conhecidos nas listas dos partidos neste ano entre os candidatos estreantes. A exemplo de outros de casos de reivindicação de herança política, a quarta geração da família do fundador de Brasília tentará a sorte nas urnas. André Kubitschek Pereira, filho do ex-governador do Distrito Federal Paulo Octávio e de Anna Christina Kubitschek, neta de Juscelino, pretende concorrer a deputado distrital pelo PP. O pai, também filiado ao partido, deve tentar uma vaga no Senado.

O interesse pela política é frequente na família. O bisavô de André foi presidente; a avó, Márcia, vice-governadora do DF; e o pai, governador. A tia-avó Maria Estela Kubitschek concorreu a vice-governadora de Minas Gerais em 2006. Provando que sobrenome não é garantia de sucesso, perdeu. André sabe disso. E pretende trabalhar duro na campanha. “Minha ideia é focar nos empresários e nos jovens de modo geral”, disse.

O público é o mesmo que João Campos (PSB) tenta conquistar em Pernambuco. O jovem futuro candidato a deputado federal vai carregar o legado do pai, Eduardo Campos; e do avô Miguel Arraes, ex-governadores. A primeira eleição de João ocorre imediatamente após a última de Eduardo, que morreu em um acidente aéreo enquanto concorria à Presidência de República, em 2014.

Danielle Dytz (MDB) tentará substituir o pai, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, nas urnas. Mas não pretende fazer isso no Rio, estado pelo qual ele detinha o mandato, e sim em São Paulo. Cunha está preso, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. Enquanto isso, Danielly busca apoio dos evangélicos, que sempre viabilizaram os mandatos do pai, e faz promessas de mudança. Nas horas vagas, publica fotos espetaculares de compras e viagens nas redes sociais.

Fonte: em.com.br