Eleições 2022 chegando e a famosa treta partidária de quem ficará em qual partido começa a colocar fogo no parquinho. Pela nova legislação, os partidos políticos terão vinte e cinco candidatos a deputado distrital e nove a deputado federal, o que dificulta a legenda a conseguir nomes com potencial já testado nas urnas, para bater o número de votos necessários para eleger seus parlamentares.

A movimentação partidária na CLDF já fez a troca de parlamentares: Roosevelt foi para o PL, Iolando Almeida e Tabanez  se filiaram ao MDB, Júlia Lucy saiu do NOVO, Reginaldo Sardinha saiu do AVANTE, e o deputado licenciado, Administrador de Ceilândia e mais bem votado desta legislação, Fernando Fernandes, deverá se filiar ao Republicanos em breve.

Mas quem enfrenta o maior desafio com os deputados é o MDB-DF dirigido pelo presidente da CLDF, Rafael Prudente.

O deputado tem arrematado uma das melhores nominatas partidárias até agora para concorrer a vaga de deputado distrital. Filiou o deputado recém-empossado, Carlos Tabanez, os ex-distritais, Pedro do Ovo, Guarda Jânio pré-candidato a deputado federal, e o Coronel da reserva da Polícia Militar, Leonardo Sant’Anna. Dentro da nominata o MDB, já conta com o ex-administrador de Samambaia, Risomar Carvalho, o ex-vice-governador Tadeu Filippelli, o administrador de Samambaia, Gustavo Aires, o presidente da CODHAB e ex-deputado distrital, Wellington Luis, o ex-deputado distrital, Cristiano Araújo, e com o deputado Hermeto, todos pré-candidatos a deputado distrital. Com certeza, a visão de Rafael Prudente é agregar candidatos para somarem o maior número de votos e eleger o maior número de cadeiras na CLDF, o que garante força para o partido na próxima legislatura.

No Partido Liberal -PL, presidido pela Ministra Flávia Arruda, a nominata a deputado distrital, que conta com os deputados Agaciel Maia, Roosevelt Vilela e Daniel Donizet, deverá contar com a filiação do neto do ex-governador do DF, Joaquim Roriz Neto. O PL também terá a baixa do ex-deputado Bispo Renato, que está com o pé no PP.

O PSD é o partido até o momento menos procurado pelos candidatos. Até agora a nominata para deputado distrital tem apenas cinco nomes conhecidos, entre eles um deputado distrital, Robério Negreiros, que enfrenta resistência dos coordenadores da campanha passada e da sua base formada por vigilantes. Joaquim Roriz Neto, chegou a ser cogitado para compor a nominata do PSD, mas segundo fontes, não resistiu ao convite do PL.

Os partidos que acharem suas as nominatas fracas poderão recorrer à Federação Partidária, que é a união de dois ou mais partidos políticos para somar votos e eleger seus candidatos, como se fosse a antiga coligação partidária, com a diferença que, na coligação, as alianças partidárias eram apenas durante a eleição, e na Federação Partidária, caso sejam eleitos, os políticos estarão unidos durante todo o mandato.

Até o dia 01 de abril, quando fecha o prazo dos parlamentares para troca de partido, muita coisa vai mudar.

Cris Oliveira