O Plenário do Senado aprovou o projeto de lei complementar (PLP 185/2024) propõe regulamentar a aposentadoria especial para agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes de combate a endemias (ACE) em todo Brasil. A regulamentação estava prevista na Constituição desde 1988 e agora impactará diretamente em mais de 400 mil agentes que atuam na Atenção Primária em saúde pública por todo o território nacional. Com decisão unânime, o projeto agora segue para apreciação da Câmara dos Deputados.

O que muda com a proposta

A proposta reconhece que esses trabalhadores estão expostos diariamente a riscos biológicos, condições adversas e deslocamentos constantes, o que justifica regras diferenciadas de aposentadoria. As principais mudanças são:

  • Idade e tempo de serviço definidos – permite a aposentadoria com idade mínima de 52 anos para homens e 50 para mulheres para funcionários com ao menos 20 anos de serviço
  • Aposentados passam a receber a totalidade do salário que tinham como ativos
  • Os reajustes aplicados aos agentes da ativa serão estendidos aos aposentado
  • Direito à pensão por morte com os mesmos critérios de paridade e integralidade

 

O bastidor político da votação

A análise do projeto ocorreu em meio a uma movimentação intensa nos bastidores de Brasília. Horas após o presidente Lula confirmar Jorge Messias como indicado ao Supremo Tribunal Federal — e não Rodrigo Pacheco, que era cotado para a vaga — o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), colocou o PLP em votação.

A decisão chamou atenção porque o projeto tem alto impacto fiscal, estimado em valores bilionários para os próximos anos. Ainda assim, foi aprovado de maneira unânime, tornando-se um recado político claro no dia da indicação ao STF.

As informações são do site Senado Notícias.

 

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