Numa entrevista que antecede a publicação do seu livro de memórias, ‘A Promised Land’, Barack Obama indicou que não aceitaria uma função na administração de Joe Biden, mesmo que o presidente eleito oferecesse. A única razão é a família.

O antigo presidente dos Estados Unidos desfez assim a hipótese de voltar à Casa Branca, numa entrevista à CBS, este domingo, sendo que irá, à noite, ser entrevistado para o programa ’60 Minutes’, no mesmo canal.

“[Joe Biden] não precisa dos meus conselhos, e vou ajudá-lo de todas as formas que conseguir. Não estou a planear, de repente, começar a trabalhar na Casa Branca ou algo assim”, indicou, quando questionado sobre se iria ajudar a nova administração.

Sobre se aceitaria um cargo no gabinete, a opinião difere um pouco. “Há coisas que não irei fazer porque a Michelle deixava-me. Ela ia dizer logo ‘o quê? Vais fazer o quê?'”.

Há muita especulação sobre o papel do 44.º presidente norte-americano na nova administração, sendo que há já rumores de que duas veteranas do antigo gabinete de Obama, Susan Rice e Michelle Flournoy, estão a ser consideradas para cargos de relevo.

No seu livro de memórias, Obama escreve sobre o impacto que a sua ascensão meteórica no Senado e depois para a Casa Branca teve no seu casamento com Michelle e na vida familiar com as suas duas filhas, Sasha e Malia, agora adolescentes. O antigo presidente explicou que a sua carreira na política, “com as ausências prolongadas, tornou as coisas mais complicadas” para a carreira da mulher, que é licenciada em direito.

Depois de oito anos como vice-presidente de Barack Obama, Joe Biden irá tomar posse como 46.º Presidente dos Estados Unidos a 20 de janeiro de 2021.