Entre janeiro e outubro de 2025, a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) registrou R$ 603.980,48 em gastos com deslocamentos oficiais de parlamentares. As passagens aéreas custaram R$ 189.208,08, e as diárias utilizadas para cobrir despesas de hospedagem e alimentação chegaram a R$ 414.772,40.
Os meses de junho e julho concentraram as maiores despesas: R$ 97.287,91 e R$ 22.892,63 em passagens, além de R$ 165.829,90 e R$ 92.775,85 em diárias, respectivamente. Os destinos incluíram Lisboa, Washington e Paris, evidenciando que parte dos deslocamentos teve caráter internacional.
Agora, uma nova missão técnica internacional está em planejamento. A CPI do Rio Melchior, instaurada para investigar a contaminação e o impacto ambiental do curso d’água que corta o Distrito Federal, pretende enviar uma delegação à Suécia e à Alemanha, em novembro, para realizar diligências e visitas técnicas. O grupo deve contar com apoio de tradutor e acompanhamento técnico especializado.
De acordo com informações preliminares, a Mesa Diretora da CLDF dá respaldo institucional ao deslocamento e avalia a possibilidade de envio de colaboradores e servidores requisitados para integrar a missão, com o objetivo de coletar dados sobre tecnologias de despoluição e manejo sustentável de rios urbanos.
A realização de viagens oficiais, no entanto, continua sendo alvo de questionamentos dentro e fora do Legislativo, especialmente quanto à transparência e aos resultados efetivos dessas agendas. A cada novo roteiro, o tema reacende o debate sobre o custo-benefício das viagens parlamentares, sobretudo em tempos de ajustes fiscais e demandas urgentes nas áreas de saúde, educação e infraestrutura.