Com a proximidade das eleições, começam a pipocar, na mídia e redes sociais, ataques políticos e tentativas de desqualificar candidatos de oposição. Prática antiga, parte do jogo político na busca por votos.Nessa exposição generalizada, o pensamento misógino sobre a participação da mulher na política entra em cena e se enriquece nas tentativas de desqualificar candidatas. Enquanto na TV, propagandas partidárias pregam uma falsa igualdade, com mulheres reunidas em discursos de incentivo à participação feminina na política, por outro lado, na prática, a realidade é revoltante.Mulheres que se arriscam na política enfrentam, num expectro muito maior, o que todas nós vivemos no cotidiano. Elas têm suas vidas expostas, têm suas capacidade intelectual questionada, são alvo de comentários depreciativos, recebem críticas sobre sexualidade, sobre a aparência física e sofrem assédio.Aspectos íntimos, sexualidade e gênero não são pautas que deveriam ser levantadas em período eleitoral. Mas têm sido usadas como forma de denegrir a imagem de candidatas e reduzir o número de mulheres na política.A valorização das mulheres deve começar pelo respeito às suas representantes. Independente de posição política ou partidária. Nossa sexualidade, questões pessoais, não devem ser aceitas como tema de debate. A mulher como agente do estado deve ser avaliada pelo seu trabalho, por seu caráter e competência e a sociedade deve seguir o exemplo do estado concedendo às mulheres, como um todo, o espaço que lhes é de direito. Com respeito e reconhecimento de suas competências e qualidades.
Redação