Não é novidade para ninguém que a mulher na política brasileira mata um leão por dia e dorme pensando no próximo preconceito a ser abatido pelo caminho. Mas a coisa já esteve bem pior, principalmente no Poder Legislativo.

A deputada federal Flávia Arruda chegou na Câmara dos Deputados com a bagagem eleitoral de 121.340 mil votos, se tornando a parlamentar mulher mais bem votada do Distrito Federal.

Ao tomar posse do mandato, Flávia teve sua primeira missão: a proteção de mulheres vítimas de violência. A deputada protocolou requerimento solicitando a criação da Comissão Externa de Combate à Violência contra a Mulher, com a finalidade de fiscalizar os órgãos de enfrentamento e criar protocolos de atendimento para mulheres vítimas de violência no Brasil.

Em seguida, Flávia quebrou outro paradigma de espaço da mulher na política: conseguiu ser presidente do Partido Liberal no DF. As siglas partidárias têm poucas mulheres como dirigentes de partidos.

Em suas executivas, usam o serviço político das mulheres, pois somos hábeis, carismáticas e dinâmicas, mas não abrem espaço para o crescimento da mulher na política, o que poderá levar à falta de mulheres eleitas . Criaram a cota de 30% de candidaturas femininas, mas as candidatas escolhidas, na maioria dos casos, não têm vontade política de matar um leão por dia.

Agora a deputada chegou ao topo de uma eleição para uma das comissões mais importante da Câmara dos Deputados. O nome de Flávia Arruda tem reunido votos de parlamentares mulheres e deputados para concorrer ao cargo de Presidente da Comissão Mista de Orçamento, que é responsável por analisar as leis orçamentárias do Governo.

As mulheres se sentem representadas com a atuação da parlamentar, com certeza o futuro da mulher na política se concretizará por meio de ações das políticas públicas para as mulheres, elaboração de leis e transparência partidária.

 

Cris Oliveira