A Rede Women’s Democracy Network (ONG Global), está presente em mais de 80 países e vem realizando anualmentea Campanha 10 dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher.

Seus parceiros locais incluem 14 capítulos de países na África, Ásia, Eurásia, Europa, América Latina e Oriente Médio e ainda duas redes regionais – Instituto de Liderança das Mulheres Árabes (AWLI) e WDN América Latina Caribe (WDN-LAC).

A WDN Brasil, instituída em 2006, é um dos 5 (cinco) capítulos da Rede WDN Global na América Latina e Caribe e aderiu com muito entusiasmo à campanha.

Para demonstrar a importância do tema, reunimos alguns dados significativos sobre a violência contra a mulher no Brasil:

 

 

  • O Dossiê sobre Lesbocídio no Brasil – 2014-2017 (Peres, Milena Cristina Carneiro et al, 2018) alerta que 54 mulheres lésbicas foram mortas em 2017, um aumento de 237% em relação ao primeiro ano da série iniciada em 2014.

 

  • A Pesquisa Percepções e comportamentos sobre violência sexual no Brasil (Locomotiva/Instituto Patrícia Galvão, 2016) aponta que 76% das mulheres e 67% dos homens consideram que a impunidade é o principal motivo para que um homem cometa uma violência sexual contra uma mulher.

 

  • Pesquisa sobre violência doméstica, realizada pela DataSenado em 2017, mostra que 100% das mulheres entrevistadas declaram já haver ouvido falar sobre a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), mas ainda faltam informações sobre o conteúdo da lei.

Segundo dados apresentados pela Secretaria de Segurança Pública, ocorreram pelo menos 119 feminicídios nos últimos 6 (seis) anos no Distrito Federal, deixando órfãos 135 crianças e adolescentes.

Alarmante o fato de que, só em 2021, 16 mulheres foram mortas no DF o que vem preocupando toda a sociedade brasiliense.

Sabemos que não se trata de caso isolado: em todas as unidades da federação o mesmo tem ocorrido.

A casa, que deveria ser local de descanso e refúgio, passou a ser um lugar perigoso para as mulheres onde a maioria dos feminicídios ocorre.

Não podemos admitir a naturalização da violência. É necessário o agir imediato e conjunto de Governo e Sociedade!

Implantar políticas públicas efetivas de Enfrentamento à Violência contra a Mulher além de garantir os direitos humanos das mulheres é, no mínimo, uma ação inteligente pois; segundo aponta a pesquisa PCSVDFMulher – Violência doméstica contra a mulher e o impacto no trabalho, realizado pela Universidade Federal do Ceará e o Instituto Maria da Penha em 2017, cerca de R$64 milhões são perdidos em razão de absenteísmo (faltas ao trabalho) causado pela violência doméstica contra as mulheres nas capitais nordestinas. Podemos considerar este dado na análise do tema nas demais cidades brasileiras.

Não existem soluções fáceis. Um remédio não pode acabar com a violência contra as mulheres, apenas o comprometimento de cada um de nós pode fazê-lo!

Redes Sociais: @wdnbrasil

 

Fonte dos dados: Instituto Patrícia Galvão