Um grupo de ouvidores de diversas órgãos públicos do Distrito Federal se uniu para lançar um projeto na luta contra o racismo. A iniciativa foi anunciada após a primeira reunião realizada, na tarde desta quinta-feira (16), na Defensoria Pública do Distrito Federal, onde representantes da Defensoria, das secretarias de Educação, de Justiça e Cidadania, da Mulher e de Administração Penitenciária, da Procuradoria do DF e do Iprev-DF discutiram os próximos passos do projeto.
“A importância desse projeto para a Defensoria Pública é que a gente vai unir forças para ampliar e eliminar esses termos em diversas secretarias do Distrito Federal. Então, é o fortalecimento das secretarias para buscar a eliminação desses termos racistas que estão enraizados nas nossas falas. Isso a gente precisa eliminar. Então, a expectativa é inibir esses termos com a ampliação desse projeto, do letramento racial, tema tão importante”
Patrícia Almeida, ouvidora da Defensoria Pública do DF
O projeto em questão é uma extensão do trabalho iniciado com o lançamento do primeiro Dicionário Antirracista no segundo semestre de 2023, e agora visa iniciar os preparativos para a segunda edição desse documento, com previsão de lançamento e distribuição em setembro deste ano em todo o Distrito Federal.
O grupo de ouvidores dos órgãos e entidades mencionados lidera esta nova fase do projeto, visando não apenas combater manifestações explícitas de preconceito, mas também enfrentar sistemas e estruturas que perpetuam desigualdades baseadas na cor da pele. Isso inclui políticas públicas voltadas para a inclusão, educação antirracista nas escolas e universidades, ações afirmativas, promoção da diversidade e equidade no mercado de trabalho, entre outras medidas.
Evelyne Queiroz, ouvidora da Secretaria de Educação do DF, ressaltou a importância dessa iniciativa. “Como as ouvidorias são um espaço de comunicação e de relacionamento da comunidade e dos servidores dos órgãos, um dos principais objetivos desse projeto é eliminar os termos raciais do vocabulário no nosso cotidiano, não só dentro das salas de aula, mas em todos os espaços que ocupamos”, disse.
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Patrícia Almeida, ouvidora da Defensoria Pública do DF, destacou a relevância do projeto. “A importância desse projeto para a Defensoria Pública é que a gente vai unir forças para ampliar e eliminar esses termos em diversas secretarias do Distrito Federal. Então, é o fortalecimento das secretarias para buscar a eliminação desses termos racistas que estão enraizados nas nossas falas. Isso a gente precisa eliminar. Então, a expectativa é inibir esses termos com a ampliação desse projeto, do letramento racial, tema tão importante”, ressaltou.
Abordagem antirracista
Trabalhar a questão antirracista dentro da educação é de suma importância para promover uma sociedade mais justa e inclusiva. No ambiente educacional, uma abordagem antirracista significa revisar os currículos escolares para incluir a história e as contribuições das populações negras e indígenas, além de combater estereótipos e práticas discriminatórias dentro das instituições de ensino.
No campo da justiça e dos direitos humanos, as pautas antirracistas buscam garantir que todas as pessoas tenham acesso igualitário à Justiça, sem discriminação com base na cor da pele. Isso inclui combater o encarceramento em massa de pessoas negras e indígenas, bem como garantir o respeito aos direitos humanos e civis de todas as comunidades.
Essa ação coordenada entre diferentes entidades e secretarias do DF busca não só disseminar conhecimentos sobre letramento racial, mas também fortalecer os esforços para erradicar expressões e práticas discriminatórias em todos os setores da administração pública.
*Com informações da SEEDF
Fonte: Agência Brasília