Brasília, DF – 29/10/2025 – Em pronunciamento na Câmara dos Deputados, na quarta-feira 29, Alberto Fraga exagerou na defesa do ex-governador José Roberto Arruda (Sem Partido). Durante o discurso, o deputado afirmou que as últimas UPAs e as “grandiosas obras do sistema viário” teriam sido realizadas por Arruda, uma versão que não corresponde à Brasília atual.
É quase como se Fraga estivesse preso no tempo, vivendo ainda na Brasília do ex-governador Arruda. Segundo ele, “as últimas UPAs que foram construídas foram no governo dele. As obras, as grandiosas obras do sistema viário foram feitas no governo dele.” A realidade, porém, é bem diferente.
Desde o primeiro mandato de Ibaneis Rocha (MDB), o DF passou de seis para 13 UPAs em operação, inauguradas entre 2021 e 2022, com unidades em Ceilândia, Paranoá, Gama, Riacho Fundo II, Planaltina, Vicente Pires e Brazlândia. Além disso, outras sete UPAs estão em construção, com previsão de entrega nos próximos 12 meses, totalizando 20 unidades até 2026. O governo também mantém em andamento três hospitais, incluindo o Hospital de Doenças Raras, e amplia diversas UBSs.
As obras viárias, citadas por Fraga, são na realidade recentes e não obra de Arruda, incluindo grandes construções como o viaduto do Itapoã, o viaduto do Sudoeste, o túnel Rei Pelé e o viaduto de Sobradinho, entre outras intervenções que transformaram a mobilidade urbana em Brasília.
Atualização sobre a situação de Arruda
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um pedido do ex-governador José Roberto Arruda para anular uma condenação por improbidade administrativa, que tornou o político inelegível por 8 anos. Com a decisão, Arruda permanece proibido de se candidatar em eleições até 2032, salvo eventual mudança na interpretação da Justiça.
O caso é referente à condenação por superfaturamento nos contratos do governo com a Linknet Tecnologias e Telecomunicação. Em nota, o advogado de Arruda, Paulo Emilio Catta Preta, afirmou que a defesa “discorda da decisão do STJ”.
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