O Distrito Federal amanheceu mais amigo dos animais. Em um gesto que marca um novo capítulo na causa pet, o governador Ibaneis Rocha sancionou a lei que cria o Programa de Apoio aos Protetores de Animais e lançou oficialmente os cartões Ração e Castração — duas políticas públicas inéditas, pensadas especialmente para quem dedica amor, tempo e até o próprio bolso ao cuidado de cães e gatos vulneráveis.
É a primeira vez que o DF reconhece, de forma estruturada, o trabalho de protetores independentes, abrigos e organizações que acolhem animais abandonados. E mais: pela primeira vez, o governo cria benefícios contínuos voltados diretamente ao bem-estar dos pets.
Uma política feita com empatia e com olhar real para quem cuida
Durante o anúncio no Palácio do Buriti, Ibaneis Rocha ressaltou que a medida nasce de uma preocupação genuína com a pauta animal. “Queremos dar condições a quem cuida dos nossos pets. Esse programa chega para fortalecer esse trabalho tão importante”, disse.
A coordenação técnica ficou a cargo da Secretaria Extraordinária de Proteção Animal, sob o comando de Cristiano Lopes da Cunha. Para ele, a iniciativa representa mais do que repasse financeiro — é reconhecimento.
“Os protetores trabalham silenciosamente, salvando vidas todos os dias. O programa valoriza isso e ajuda o DF a avançar na proteção animal”, pontuou.
O que muda na vida dos pets e de quem cuida deles
A partir de agora, os protetores terão acesso a dois tipos de apoio mensal:
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Cartão Castração — R$ 600 por mês
Para esterilização e microchipagem em clínicas credenciadas. Uma forma de controlar a população animal com segurança e dignidade. -
Cartão Ração — de R$ 1,5 mil a R$ 6 mil por mês
Exclusivo para abrigos, com valores proporcionais ao número de animais acolhidos. Uma ajuda concreta para quem enfrenta, todos os meses, a dura batalha de alimentar dezenas — às vezes centenas — de cães e gatos.
As inscrições começam nesta quarta-feira (26) e podem ser feitas até 5 de dezembro no site da Sepan.
Depoimentos que emocionam
Para quem vive a rotina pesada da proteção animal, o programa chega como respiro.
Iussef Bezzi, o Joe, que coordena o Abrigo Fauna e Flora Animal, foi direto:
“É uma vitória. A gente trabalha com custos altíssimos e quase sempre sozinho. Esse apoio traz alívio e reconhecimento.”
Fernando Gomes, do Santuário do Resgate, reforçou o impacto:
“Quem resgata animal sabe como é difícil. Alimentação, vacinas, cuidados… tudo sai caro. Esse programa faz diferença na vida dos animais e na nossa.”
Por que isso importa?
Porque cada cão e cada gato que chega a um abrigo traz uma história de abandono, dor ou fome — e encontra, na linha de frente, pessoas que nunca desistem. O DF, com esse gesto, passa a olhar para esses animais e para quem os protege com mais cuidado, mais estrutura e mais humanidade.
O resultado é simples:
menos abandono, mais castração, mais bem-estar e mais vidas salvas.
O Distrito Federal, enfim, abre espaço para uma política pública que entende que cuidar dos animais também é cuidar das pessoas.
