A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou três novos casos de intoxicação por metanol registrados entre os dias 3 e 8 de outubro. Com as novas ocorrências, o número de pessoas afetadas pela substância no estado sobe para 12 casos confirmados em 2025, incluindo cinco mortes.
Os pacientes apresentaram sintomas como visão turva, dor abdominal, náusea, tontura e dificuldade respiratória, sinais clássicos de intoxicação por metanol. Dois dos casos estão internados em estado grave em hospitais da capital paulista, e um terceiro paciente já recebeu alta após tratamento intensivo.
Metanol é usado em bebidas adulteradas
De acordo com as autoridades de saúde, as intoxicações estão relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas, especialmente cachaças e vodcas produzidas de forma irregular. O metanol, substância usada na indústria química e automotiva, é altamente tóxico e não pode ser utilizado em produtos destinados ao consumo humano.
Mesmo em pequenas quantidades, o metanol pode causar cegueira irreversível, falência múltipla dos órgãos e morte. Por isso, a Secretaria de Saúde reforça o alerta à população para que somente consuma bebidas com registro e selo fiscal, evitando produtos de origem duvidosa.
Fiscalização e medidas preventivas
Equipes da Vigilância Sanitária e das forças de segurança estaduais realizam operações em bares, depósitos e distribuidoras para identificar e apreender bebidas sem procedência. Os estabelecimentos flagrados com produtos adulterados poderão responder criminalmente e ter o alvará cassado.
As autoridades também destacam a importância de denunciar locais suspeitos por meio do Disque Denúncia 181 ou do Procon-SP, que mantém canal aberto para registrar reclamações de consumidores.
Tratamento imediato é fundamental
Em caso de suspeita de intoxicação, a orientação é procurar atendimento médico com urgência. O tratamento inclui a administração de antídotos específicos e o uso de diálise para eliminar o metanol do organismo.
A Secretaria da Saúde informou que mantém o monitoramento constante de novos casos e que os hospitais de referência estão preparados para atender possíveis emergências relacionadas à substância.