Cerca de 28% – mais de um quarto do total – das crianças e adolescentes brasileiros possuem colesterol alto e 19,2% têm alteração no LDL (lipoproteína de baixa densidade), conhecido como colesterol ruim, segundo estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O distúrbio é uma das principais causas de morte por doenças cardiovasculares e pode ser hereditário ou adquirido ao longo da vida.
Considerado uma gordura importante para diversas funções no organismo, ele é dividido em tipos, sendo os principais o LDL, que contribui para o acúmulo de placas de gorduras nas artérias, o HDL (lipoproteína de alta densidade) – conhecido como bom –, que transporta parte do LDL para longe das artérias com o objetivo de ser metabolizado no fígado, e os triglicerídeos, que armazenam o excesso de gordura.
“O colesterol é um tipo de gordura com importantes funções no organismo. Nosso corpo precisa dele para construir células, para a produção de hormônios, de vitaminas, e até dos ácidos biliares, que participam do processo de digestão dos alimentos”, explica a endocrinologista Dra. Daniele Zaninelli. Ou seja, seu papel é de extrema importância, mas é necessário que os níveis estejam regulados entre si, principalmente em jovens.
Colesterol alto em crianças e adolescentes é silencioso
A identificação do colesterol alto por meio do quadro clínico do paciente é difícil em casos leves, pois, quando os sintomas aparecem, a doença tende a estar em níveis mais graves. Entre os sinais de alerta para os pais e responsáveis, está a presença dos xantomas em mãos ou cotovelo – elas se parecem com pequenas bolinhas de gordura.
Estes sinais são comuns quando os níveis estão altíssimos e, além deles, o risco para doenças cardiovasculares aumenta, afirma a médica. “Em geral, o colesterol alto não causa sintomas, e pode se revelar apenas quando já existe uma complicação como um ataque cardíaco ou um AVC. Alguns sinais podem acontecer com adultos, mas também com jovens, como xantomas podem ocorrer, ou até dor abdominal por pancreatite em casos de triglicerídeos muito elevados”.
O aumento dos níveis de colesterol está ainda associado a outros quadros, como hipertensão arterial, diabetes e obesidade, principalmente quando o acúmulo de gordura é no abdômen, a chamada gordura visceral. Apesar disso, pessoas com as outras taxas dentro da normalidade, com o peso ideal e que seguem uma vida saudável também podem apresentar a doença, já que ela pode ser derivada de uma condição genética familiar, a hipercolesterolemia familiar (HF), que neste caso não tem cura, mas com a descoberta precoce, ainda na infância, tratamentos podem ser orientados a fim de garantir qualidade de vida.
Diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais simples
Os exames de rotina são os principais aliados na hora de ter uma vida saudável, seja pensando na prática esportiva de alto nível, alimentação balanceada ou para ter uma rotina livre de doenças e um envelhecer de qualidade. Para crianças e adolescentes funciona um pouco diferente: a primeira coleta deve ser feita aos 12 meses de idade e deve ser repetido aos dois e cinco anos – caso não apresente sintomas. Por fim, aos dez anos a Sociedade Brasileira de Pediatria indica que é hora de realizar exames mais específicos, como o perfil lipídico.
“O diagnóstico pode ser realizado por meio de um exame de sangue, o perfil lipídico, que discrimina os níveis sanguíneos do colesterol total, HDL, LDL e triglicerídeos”, destaca Daniele. Ela ainda explica que o exame pode ser um aliado na identificação de problemas cardiovasculares. “A dosagem do colesterol é a única forma de detectar o problema e ajuda a classificar o risco de um paciente apresentar uma complicação cardiovascular”. Em casos específicos, como sintomas clínicos na criança ou no adolescente e quadros de problemas familiares – HF, por exemplo –, o acompanhamento deve ser feito de forma individualizada. O médico responsável poderá solicitar exames mais detalhados para crianças menores e até mesmo pedir retornos mais recorrentes.
Quando exames de sangue são solicitados, é importante que o processo seja feito com materiais seguros, garantindo um resultado confiável. Além disso, para crianças menores, este momento pode ser desconfortável e até traumático. Pensando nisso, a FirstLab é referência na fabricação de produtos para análises clínicas e oferece torniquetes, agulhas, escalpes, seringas, tubos de coleta, curativos e caixa para descarte de perfurocortante, entre outros utensílios que proporcionam bem-estar aos pacientes e aumentam a biossegurança na hora da coleta.
Com resultado e diagnóstico em mãos, é possível decidir, junto ao médico, o melhor tratamento para a condição, conforme explica a endocrinologista. “A indicação de tratamento depende de avaliação clínica individual. Muitas vezes, mudar hábitos de vida pode ser o suficiente. Alimentação equilibrada, manutenção de um peso saudável, evitar o tabagismo e praticar exercícios podem ser o suficiente, mas medicamentos também podem ser prescritos em casos selecionados”.
Sobre a FirstLab
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