O Gama Vida e Arte é um Festival multicultural contendo com várias atividades: um festival de hip hop nas modalidades breaking, batalha de rimas e mostra de grafites, um festival de rock autoral, uma coletânea de artes visuais, um jardim de cheiros, uma exposição sensorial, um festival de teatro, um festival de bonecos e contação de histórias, um curso de elaboração de projetos culturais, e ainda, dois espetáculos com uma hora de duração cada.
O coordenador dessas duas primeiras atividades do projeto, Gilmar Batista, explica que os visitantes serão conduzidos por um circuito onde a primeira etapa, a Exposição Sensorial, é realizada em um ambiente escuro, onde estarão dispostas esculturas ou outro tipo de obra de arte tridimensional. Os visitantes são estimulados a tocá-las para formar suas próprias imagens do que é a obra. Ainda segundo o coordenador. a segunda etapa do circuito é o Jardim de Cheiros, um canteiro com aproximadamente 30 espécies diferentes de plantas que tem um cheiro característico, distribuídas em bases com ´bacias de pneus (reutilizados) sobre armações de latão.“Na última etapa do circuito, os visitantes são estimulados a desenharem no papel com lápis preto ou de cor, ou modelarem, com massas de modelar, as imagens mentais que formaram das obras de arte tridimensionais da primeira etapa e, finalmente, serão levados ao mesmo ambiente inicial, só que iluminado, onde poderão comparar seus trabalhos cada uma das obras que resolverem representar. O efeito é mágico”, afirma Gilmar.
O coordenador-geral falou que em janeiro deste ano foi feito um chamamento para realização em conjunto com dois artistas consagrados, da exposição sensorial coletiva com oito obras. Puderam participar artistas de várias vertentes como artes visuais, plásticas, pinturas texturadas, com uma ou mais técnicas, esculturas ou instalações inéditas.
Flávio Luís da Silva e Paulo Longuinho foram os artistas selecionados, entre outros inscritos via internet, de acordo com pontuação estabelecida pela Curadoria do Projeto. Flávio Luís da Silva é artista plástico cego, membro do Grupo Artes Táteis (Grupo de Artistas com Deficiência Visual), proferindo oficinas diversas e participando de exposições desde 2006. Trabalha com esculturas, utilizando argila e materiais diversos. Paulo Longuinho é artista plástico do Gama. Há cerca de 17 anos realiza exposições em Brasília e nas satélites. Formado em Artes Plásticas pela Faculdade Dulcina de Moraes, atualmente trabalha na série Alguma Coisa Doce .