Um grave acidente abalou Maragogi, no Litoral Norte de Alagoas, no último domingo (15), quando um catamarã naufragou durante um passeio turístico, resultando na morte de um idoso de 76 anos. O incidente ocorreu enquanto o barco navegava em direção às piscinas naturais, um dos destinos turísticos mais visitados da região. Segundo testemunhas, os passageiros não utilizavam coletes salva-vidas no momento do naufrágio.
O homem, que estava acompanhado por familiares, não conseguiu sair da embarcação a tempo. Ele foi resgatado ainda com sinais vitais, mas não resistiu após ser levado para o hospital. Outros passageiros foram socorridos com escoriações leves e apresentaram sintomas de hipotermia, mas nenhum corre risco de vida.
O que causou o naufrágio?
De acordo com relatos preliminares, o acidente teria sido provocado por ventos fortes e ondas acima do normal para a época do ano. No entanto, especialistas apontam que o estado de conservação do catamarã e a possível superlotação também podem ter contribuído para o naufrágio.
A Marinha do Brasil já iniciou uma investigação para apurar as circunstâncias do acidente. A Capitania dos Portos enviou uma equipe ao local para inspecionar os destroços e ouvir os depoimentos do comandante da embarcação e dos passageiros.
Falta de coletes salva-vidas
Uma das principais falhas apontadas foi a ausência do uso obrigatório de coletes salva-vidas. Segundo as normas da Marinha, todas as embarcações que realizam passeios turísticos devem fornecer e exigir o uso de equipamentos de segurança. Testemunhas relataram que, embora o catamarã estivesse equipado com os coletes, eles não foram distribuídos antes do embarque.
“O uso de coletes salva-vidas é obrigatório e pode salvar vidas em situações como esta. É inadmissível que ainda tenhamos acidentes desse tipo por falta de respeito às normas de segurança”, afirmou um representante da Capitania dos Portos.
Reações e medidas
O naufrágio gerou grande comoção em Maragogi, que depende fortemente do turismo para sua economia. Operadores turísticos da região lamentaram o ocorrido e prometeram reforçar as medidas de segurança em seus passeios. A prefeitura local emitiu uma nota de pesar pela morte do turista e se comprometeu a colaborar com as investigações.
“É um momento de tristeza para todos nós. Vamos garantir que os operadores cumpram rigorosamente as normas para que acidentes como este não se repitam”, declarou o prefeito.
Família da vítima busca justiça
A família do idoso, que era natural de Minas Gerais, está inconformada com o ocorrido e promete acionar os responsáveis judicialmente. “Viemos para um momento de lazer e voltamos para casa com uma tragédia. Não queremos que nenhuma outra família passe por isso”, desabafou um parente.
Impacto no turismo
Este é o segundo acidente náutico registrado na região este ano, o que levanta questionamentos sobre a fiscalização das atividades turísticas em Maragogi. O local, conhecido pelas águas cristalinas e piscinas naturais, atrai milhares de visitantes todos os meses.
Especialistas alertam que, além de preservar a reputação do destino, é essencial priorizar a segurança dos turistas com fiscalização mais rigorosa e conscientização dos operadores turísticos.
A Marinha informou que, ao término das investigações, os responsáveis poderão responder por negligência e descumprimento das normas de segurança, caso sejam confirmadas as irregularidades. Enquanto isso, os passeios em catamarãs na região foram temporariamente suspensos até que as inspeções sejam concluídas.