Começa nesta segunda-feira (7/7) uma das maiores pesquisas já realizadas no Distrito Federal sobre segurança pública. A ação, coordenada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), pretende ouvir moradores de todas as regiões administrativas da capital até o fim do ano. Ao todo, serão realizadas 19.537 entrevistas presenciais e domiciliares, em áreas urbanas distribuídas pelas microrregiões do DF.
Esta é a quinta edição do levantamento — o último ocorreu em 2018 — e promete ir além dos números frios da criminalidade. A proposta é captar a percepção da população sobre a segurança, a confiança nas instituições e o grau de satisfação com o trabalho das forças policiais. Também serão identificados crimes não reportados às autoridades.
“Queremos compreender não apenas os números, mas também a percepção das pessoas”, afirma o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar. “Somos a segunda capital mais segura do país, mas precisamos entender como a população se sente diante dessa realidade para aprimorar as políticas públicas de proteção à vida.”
Como vai funcionar?
A pesquisa será executada por uma empresa especializada contratada pela SSP-DF. Todos os entrevistadores estarão identificados com crachá contendo QR Code e número oficial para verificação junto à Secretaria. As entrevistas ocorrerão diariamente, das 7h às 22h, inclusive aos fins de semana e feriados. Em cada residência, será ouvido apenas um morador, com idade mínima de 16 anos. Todas as conversas serão gravadas em áudio, garantindo transparência e confiabilidade ao processo.
“Essa estrutura visa garantir a segurança dos moradores e a integridade dos dados coletados”, explica George Couto, subsecretário de Gestão da Informação.
O que será feito com os dados?
A metodologia da pesquisa assegura representatividade por faixa etária, gênero e localização. Com isso, será possível construir uma série histórica confiável sobre a vitimização e o sentimento de segurança no DF. Esses dados vão embasar ações de governo e políticas públicas mais alinhadas às reais necessidades da população.
“É o cidadão que nos ajuda a construir uma segurança pública mais inteligente, dinâmica e eficaz. A participação popular é essencial”, conclui Sandro Avelar.