A reeleição de Agnelo

Com tantas especulações acerca do futuro político na Capital Federal, a indefinição de oponentes vai fortalecendo as estratégias do grupo do Governador Agnelo.

Os brasilienses amargam o triste índice de ter seu governador como o 2º pior avaliado do País. Brasília como Capital da República de um País tão rico, deveria ser a cidade mais bonita, planejada e acima de tudo, exemplo de infraestrutura e capital humano nas áreas de saúde, segurança e educação.

Nestes 3 anos do Governo Agnelo, a população não consegue enxergar suas marcas na cidade, aqueles que conseguem enxergar estão nomeados ou de alguma forma são beneficiados indiretamente. É preciso aprofundar na discussão sobre o futuro da cidade e deixar de lado se estamos falando do Partido que tem uma estrela, ou de um partido que tem uma ave, precisamos discutir o que o DF precisa!

Nas apostas de Agnelo estão incluídas a não candidatura de Roriz e Arruda e aposta ainda que as forças partidárias convencerão o PDT a trazer Reguffe como candidato ao Senado na mesma chapa. No outro lado solitariamente está o Senador Rollemberg, que soube aproveitar o momento das manifestações e desde então grupos temáticos têm discutido os problemas estruturais do DF para serem incluídos em seu plano de governo.

Outros projetos de candidatura são acompanhados de perto, como o caso da Deputada Eliana Pedrosa, PPS, que além de Rollemberg, é oficialmente pré-candidata ao GDF. Eliana acredita que o PPS irá convencer Eduardo Campos para o PSB deixar de ser cabeça de chapa no DF, fazendo com que ela seja a candidata ao governo e Rollemberg, seu vice.

O PSDB vive um imbróglio sem fim, antes dividido entre Izalci e Pitiman e por último teve a adesão do ex-presidente do partido, Márcio Machado, que no final das contas deverá se lançar deputado federal. O ex-governador Arruda recebe recados do judiciário cada vez que aparece alguma notícia que valorize sua candidatura.

O ex-governador Roriz apesar da idade e liderar as últimas pesquisas ainda esbarra na interpretação da Lei da Ficha limpa, porque renunciou em 2007 ao Senado, acredita que Liliane Roriz poderá sucedê-lo.

Correm por fora outros prováveis candidatos que não são citados diariamente em blogs ou mídias de grande circulação, o ex-governador Rogério Rosso do PSD, Toninho do P-Sol, Paulo Octávio, Fraga, Newton Lins e Eduardo Brandão.

O eleitorado Rorizista e Arrudista ainda não sabe para que lado irá, está cego em meio ao tiroteio, porque os seus candidatos correm o risco de não poderem se candidatar por questões jurídicas. Janeiro vai chegando ao fim e o cenário continua com suas incertezas, será que se manisfestarão mesmo somente após o carnaval?

Se existe oposição ao Governador Agnelo e ela quer tirá-lo do poder nos próximos anos, deverá assumir a postura de oposição e mostrar respeito aos seus eleitores. Como ainda não é possível lançar a candidatura oficialmente, que se faça a divulgação das pré-candidaturas.

O que o eleitor espera neste momento é o pontapé inicial para sua decisão em outubro.

Com toda essa indefinição de oponentes, em virtude também da polarização entre Roriz e Arruda, Agnelo vai usufruindo da máquina do governo para sua promoção diária em horário nobre na rede de televisão e em páginas inteiras dos jornais.

Por Esdras Messias