Mais uma polêmica envolvendo dinheiro público e educação veio à tona aqui no Recife. Desta vez, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) apontou um possível superfaturamento de R$ 3,3 milhões na compra de kits didáticos distribuídos aos professores da rede municipal. A denúncia levantou questionamentos sobre a gestão do prefeito João Campos e colocou o tema da valorização docente no centro do debate.

Segundo o TCE, os materiais — que incluíam livros, mochilas, agendas, eletrônicos e outros itens — foram comprados com preços acima dos praticados no mercado. Além disso, o processo de contratação chamou atenção pela falta de transparência e possíveis irregularidades nos contratos firmados com os fornecedores.

A Prefeitura rebateu, dizendo que tudo foi feito dentro da legalidade e que os kits são parte de um esforço para valorizar os profissionais da educação. E, de fato, muitos professores elogiaram os materiais recebidos. Mas a pergunta que fica é: será que o custo dessa valorização está compatível com a realidade financeira da cidade?

A gente sabe o quanto a educação precisa de investimento sério, transparente e eficiente. Cada real que sai dos cofres públicos precisa fazer sentido, especialmente quando falamos de escolas públicas que enfrentam tantos desafios no dia a dia.

Agora, o caso segue em análise pelo Ministério Público de Contas. A Prefeitura terá que explicar os detalhes dessa compra, e o TCE pode pedir a devolução do valor considerado excessivo. Enquanto isso, nós, como cidadãos, precisamos ficar atentos. Afinal, quando o assunto é educação, não dá pra brincar.

 

Redação