O muro de 576 metros de extensão, construído para restringir o acesso à praia em Pernambuco, foi finalmente demolido após intensos debates e pressão popular. A estrutura, que vinha sendo alvo de críticas por limitar o direito à livre circulação, representava um obstáculo ao uso público da área costeira, garantido pela Constituição.

De acordo com as autoridades, a demolição faz parte de uma ação judicial que reconheceu a ilegalidade da construção. Além disso, movimentos sociais e ambientais participaram ativamente do processo, destacando a importância de garantir que as praias permaneçam acessíveis a todos os cidadãos.

A construção, que cercava uma área considerada privilegiada, gerou polêmica por anos, sendo acusada de atender aos interesses de uma parcela restrita da população em detrimento do direito coletivo. “É uma vitória para todos que acreditam na preservação dos espaços públicos e no direito de acesso às praias”, afirmou um representante de um dos movimentos envolvidos.

Além de devolver o acesso à população, a retirada do muro será acompanhada por ações de recuperação ambiental para minimizar os impactos causados pela barreira.

A demolição do muro é vista como um marco na luta pela preservação dos direitos ambientais e pela democratização do uso do litoral brasileiro.