Geraldo Alckmin,  vice-presidente do Brasil e, cumulativamente, ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, esteve em Pernambuco nesta segunda-feira (02) e recebeu o manifesto de um grupo de organizações públicas e privadas liderado pela Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço), que se posiciona contra o processo “antidumping” movido pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Documento relata preocupações das entidades com desemprego e retração econômica como consequência do aumento das alíquotas de importação de folhas metálicas, matéria-prima das latas de alimentos e tintas.

O documento entregue ao ministro declara oposição às iniciativas que podem elevar os preços das embalagens de aço. “As consequências do ato desestruturarão as economias locais, gerando desemprego e a retração econômica nas regiões. Entramos em defesa do setor e da cadeia regional de fabricantes de embalagens de aço, que garante cerca de 25 mil empregos diretos e 100 mil empregos indiretos em todo o Brasil”, explica Thais Fagury, presidente-executiva da Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço).

O processo “antidumping” movido pela CSN contra o setor de embalagens de aço tem como objetivo elevar as alíquotas de importação de folhas metálicas, matéria-prima das latas de alimentos e tintas, o que resultará em elevação de preços de itens da cesta básica como sardinha, atum e leite em pó, além de tintas e vernizes.

Além da Abeaço, assinaram o manifesto entregue a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Empreendedorismo de Cajamar; Prefeitura do Município de Abreu e Lima; Presidência da Assembleia Legislativa do Estado do Pernambuco ALEPE; Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes; Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Gráfica, da Comunicação Gráfica e dos Serviços do Estado de Pernambuco; Federação das Indústrias do Estado do Pernambuco FIEPE; Presidência Estadual do Movimento Democrático Brasileiro MDB; Senadora Teresa Leitão; Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado do Pernambuco – SIMMEPE; e Deputado Federal Carlos Veras.

Histórico

No começo do ano, o Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (GECEX /CAMEX) deliberou que as folhas metálicas utilizadas para embalagens de alimentos e produtos para a construção civil não sofreriam alteração nas alíquotas de importação. A Abeaço havia reforçado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) que uma postura contrária teria impactos sobre os preços de alimentos, entre eles alguns que fazem parte da cesta básica, como sardinha, vegetais (milho, ervilha, seleta de legumes, entre outros) e leite em pó; além de outros materiais da construção civil tradicionalmente embalados em latas de aço. “Dados comprovam que a única beneficiada com a elevação da tarifa de importação sobre as folhas metálicas de aço seria a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que exerce monopólio nacional desta matéria-prima utilizada em embalagens”, complementa Thais.

Veja o manifesto completo aqui.