As atenções no Estádio Nacional Mané Garrincha neste domingo (1) não estavam no gramado, voltadas para algum jogo de futebol. Se dirigiam para a belíssima apresentação da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro – que, por iniciativa do Governo do Distrito Federal/Secretaria de Cultura, democratiza o acesso à cultura e à música sinfônica, de qualidade.

Regida pelo Maestro Cláudio Cohen, os 90 músicos da OSTNCS fizeram uma viagem pelo mundo, pelo tempo, dentro e fora do país, apresentando trilhas clássicas do cinema, muitas em arranjos próprios, chegando até o rock´roll ou embalado pelo sertão nordestino com Luiz Gonzaga.

O maestro iniciou o  recital com Aquarela do Brasil. Em, mostrando que tem diversidade de repertório, a Orquestra Sinfônica entrou pela trilha do filme Vingadores e, em seguida, para a guerra espacial de Star Wars. Depois dessa viagem fora do planeta, seguiu para os Caçadores da Arca Perdida. Saindo do Egito, foi para o mar azul da América Central, com Os Piratas do Caribe.

Depois da viagem cinematográfica, os músicos mostraram que sabem interagir com diversas linguagens musicais. Diversificaram o cardápio e apresentaram Beatles Forever, entre outras. Encerrando, contemplaram as tradições nordestinas com Luiz Gonzaga, em Gonzaguiana.

O público participou batendo palmas, e aplaudiu de pé. E pediu bis. Prontamente atendidos com uma trilha sonora de cinema, desta vez de  Superman.

Essa foi a primeira vez que a estudante Thatila Cristina Marques, de 23 anos, assistiu à apresentação da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro. “Achei lindo, maravilhoso! Gostei de ver a postura dos músicos. Acho interessante a expressão deles. E o que mais gostei foi a música do filme Vingadores. Foi lindíssimo. Recomendo para todos assistirem, inclusive eu estarei na próxima apresentação, no Cine Brasília”.

Popularização
O Maestro Cláudio Cohen pontuou que a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro tem apresentado projetos que visam a popularização e a descentralização da música de concerto.

Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Nessa linha, tem se apresentado em várias regiões administrativas do Distrito Federal, como Ceilândia, Samambaia e Santa Maria. “Temos também o projeto Concerto Didático, onde levamos para o Cine Brasília alunos da rede pública de ensino para conhecerem como é o funcionamento da orquestra sinfônica. É a inclusão cultural desses jovens, dando a eles a oportunidade de ver a orquestra e também de assistir a um concerto”.

Também na intenção de humanizar e socializar através da música, a Orquestra tem se apresentado em UPA’s e hospitais públicos do DF.

Gerente da Orquestra Sinfônica, Hernani Santos enfatiza que as apresentações da orquestra eram para a elite. “Hoje nós estamos onde o povo está, tocando músicas populares, que o povo gosta de ouvir, mas de uma forma erudita”.

Feira estudantil
A apresentação marcou o encerramento da primeira feira estudantil do Distrito Federal.  “Não haveria maneira melhor de encerrar nosso evento. A apresentação da orquestra sinfônica na Feira será mais que emblemática, já que neste ano comemoramos 40 anos da sua fundação, e lembramos também o maestro e compositor Cláudio Santoro, que teria completado 100 anos em novembro”, afirma o coordenador geral do evento Danillo Ferreira.

Sobre a orquestra
Fundada há 40 anos, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília foi fundada em março de 1979 pelo maestro e compositor Claudio Santoro, com o nome Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília. Em 1989, tornou-se Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS) em 1989. Hoje é uma das principais organizações do gênero no Brasil.

Sobre a Feira do Estudante
Com entrada gratuita, a feira conta com o apoio do Governo do Distrito Federal, em parceria com as Secretarias da Educação, Cultura, Desenvolvimento Social, Esportes, Juventude, e Turismo. O local foi  palco de um grande evento dedicado ao conhecimento e aprendizado, com mais de 150 atividades que, juntas, ultrapassam 100 horas de conteúdo e interação com o público presente, entre workshops, palestras, oficinas, rodas de conversa, espetáculos de dança e apresentações culturais.