Goiânia reúne agentes culturais do Centro-Oeste e fortalece redes de atuação até sexta (27)

Mais de 50 fazedores de cultura estão reunidos em Goiânia até esta sexta-feira (27), durante o I Encontro Regional de Agentes Territoriais de Cultura do Centro-Oeste. Promovido pelo Instituto Federal de Goiás (IFG) em parceria com o Ministério da Cultura (MinC), o evento conta com cerca de 120 participantes, incluindo os 56 bolsistas do programa federal que atuam em comunidades da região.

O objetivo é promover articulação, qualificação e fortalecimento da presença cultural em áreas com pouca infraestrutura pública. Em Goiás, 22 agentes estão espalhados por 17 localidades. A programação envolve oficinas, rodas de conversa, apresentações artísticas e trocas de experiências.

Ligado ao Programa Nacional dos Comitês de Cultura, o projeto seleciona, por edital público, pessoas com representatividade cultural, étnico-racial, social e de gênero em seus territórios. Os bolsistas recebem formação continuada e têm a missão de mobilizar e impulsionar ações culturais locais.

A rapper Kaemy, de Uruaçu (GO), é uma das representantes do estado e afirma que o evento tem sido uma virada de chave em sua trajetória. “Esse encontro está me graduando como produtora cultural. Traz conhecimento, troca e reforça o nosso papel na transformação dos nossos territórios”, destaca. Com 14 anos de atuação no hip-hop, ela acredita que a formação contribui para levar cultura a lugares que antes não tinham acesso a esse tipo de iniciativa.

Segundo o secretário-executivo do MinC, Márcio Tavares, o encontro é estratégico para descentralizar as políticas culturais no Brasil. “Temos 5.570 municípios e a maioria sem equipamentos culturais. Nossos agentes são os braços, pernas e corações da cultura em cada canto do país. São eles que fazem a cultura chegar onde o Estado muitas vezes não chega”, afirmou.

O projeto dos Agentes Territoriais de Cultura foi lançado em 2024 e está sendo executado em parceria com institutos federais, com foco na interiorização e democratização do acesso à cultura.

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