A paixão pelo palco foi decisiva para a trajetória do professor Marcello D´Lucas na rede pública de ensino do DF. Fundador da companhia artística do Centro de Ensino Médio Elefante Branco, Marcello coleciona prêmios. “A partir da disciplina de Arte, criamos o Festival de Teatro para possibilitar uma abordagem pedagógica lúdica e diversificada. Posteriormente, os estudantes criaram núcleos, como o Laboratório de Cinema e passaram a vivenciar uma rotina de montagens, ensaios e gravações”, conta o professor.
Com as artes visuais na cabeça, o professor e a turma do Elefante Branco acabam de montar a websérie Memória & Saudade. Organizada em cinco capítulos, ela mostra o cotidiano dos estudantes durante a pandemia de covid-19 e as políticas de distanciamento social. Três dos episódios integraram a Seleção Oficial da Mostra Curta de Casa da Secretaria de Educação, em 2020.
O episódio Sobre viver agora teve locações em locais pitorescos do DF e suscita temas sensíveis aos jovens como a liberdade, solidão e esperança. Filmado em preto e branco, remete às angústias e vivências da protagonista e convida a refletir de modo poético sobre a juventude em tempos de distanciamento social.
Palco de estrelas
Para a universitária Briza Mantzos, a Companhia foi decisiva para sua trajetória profissional. Ela venceu como Melhor atriz, no Festival de Curtas das Escolas Públicas do DF, em 2019, e como premiação recebeu uma bolsa de uma faculdade privada para cursar Artes Cênicas. Além disso, venceu a Mostra Curta de Casa com o filme É tarde?
“A Companhia Elefante Branco apresenta a arte para estudantes da escola pública e nos incentiva a crescer. Influenciada pelos professores, desejo fazer e ensinar teatro às próximas gerações. Não seria quem eu sou hoje, sem a Companhia”, elogia Briza, que ainda mantém a parceria com o grupo.
Lirismo e subjetividade
“Em cada história, vemos a juventude percorrer caminhos que mostram que nenhuma dor pode nos tirar a força que precisamos para enfrentar os desafios. Com a pandemia, adaptamos as produções para o espaço virtual e surgiu a ideia da websérie”, conta Marcello
As produções da websérie foram gravadas respeitando o distanciamento e a manutenção das medidas preventivas. Todos os episódios contam apenas com um ator ou atriz para evitar aglomeração e os estudantes da companhia conduzem o trabalho de criação, montagem, direção, legendagem e interpretação.
“Em cada história, vemos a juventude percorrer caminhos que mostram que nenhuma dor pode nos tirar a força que precisamos para enfrentar os desafios. Com a pandemia, adaptamos as produções para o espaço virtual e surgiu a ideia da websérie”, conta Marcello.
A companhia venceu o Prêmio Web 2020 (DF) nas categorias Festival de Teatro e Projeto/Iniciativa e teve nove curtas metragens escolhidos para a Seleção Oficial da I Mostra Curta de Casa da Secretaria de Educação.
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Em 2019, o curta Oco foi considerado o melhor pelo júri popular. O desafio de adaptar os espetáculos para o ambiente virtual rendeu a menção de Atividade Exitosa no I Fórum de Troca de Experiências em Ensino Remoto, da Coordenação Regional do Plano Piloto.
Todos os episódios podem ser conferidos no Canal EducaDF, no Youtube, às 11h.
Confira a programação:
22/3
Episódio 1 – O nome das coisas
A descoberta de que o nome das coisas surge de lugares improváveis ou meramente passageiros.
23/3
Episódio 2 – Sobre viver agora
E se em uma fração de segundos pudéssemos ser livres?
24/3
Episódio 3 – Como é que se explica?
Um trecho literário de Clarice Lispector suscita a reflexão: “Não se preocupe em entender. Viver ultrapassa todo entendimento”.
25/3
Episódio 4 – História sem fim
Há uma certa angústia, quando o “Era uma vez” desponta. Não se sabe ao certo as personagens
* Com informações da Secretaria de Educação
Fonte: Agência Brasília