“Um caminho sem volta”. Essa é a avaliação feita pelo deputado Robério Negreiros, segundo secretário da Câmara Legislativa, em relação ao fim da verba indenizatória, proposta da mesa diretoria, que já se encontra na pauta da Comissão de Constituição e Justiça para ser analisada na próxima terça-feira (27/02).

“Confesso que no primeiro momento, a forma radical não era o meu objetivo, mas debatendo muito sobre o tema chegamos à conclusão que se esta gestão, da qual faço parte, tem a meta de resignificar a Casa, então fui um dos primeiros signatários a assinar a proposta e defendo o fim da verba indenizatória. Alguns colegas vieram a mim e questionavam: pô, mas você assinou isso? Assinei de maneira consciente e em caráter irreversível”, disse Negreiros.

Na avaliação do distrital o projeto de resolução que inflamou os debates em plenário, na primeira sessão do ano pode continuar exaltado dentro da CCJ na próxima semana, mas perderá força das vozes contrárias no dia da votação no plenário da Casa.

“Acredito que nenhum deputado presente à sessão votará contra uma proposta pelo  fim da verba indenizatória que neste momento é uma exigência da sociedade”, acredita Negreiros.

Robério  desmonta os argumentos feitos por alguns de seus colegas de que o fim da cota parlamentar, de R$ 7.292.808 por ano, não vai garantir um grande alívio aos cofres públicos.

“Quem pensa assim, está na contramão das dificuldades econômicas que vem sofrendo a população do DF nos últimos anos. Se agente juntar um grampo que esteja jogado no chão do gabinete é um gesto de economia, principalmente por ter sido tal material comprado com o dinheiro público”, comparou.

O distrital  destaca que a “resignificação do Legislativo”, slogan da  atual mesa diretora da CLDF, batizado pelo deputado Joe Valle, presidente da Casa, significa cortar na própria carne sem querer fazer demagogia.

Para os que tentam minimizar a medida com o discurso de que a Câmara Legislativa resolveu por um fim na farra da verba indenizatória, apenas para ficar bem na fita em um ano eleitoral, o deputado Robério Negreiros responde:

“Que antes seja no ano eleitoral do que não ocorrer em ano nenhum”, disse ele ao Radar.

Fonte: Radar-DF