A sondagem de solo é um procedimento técnico vital de qualquer obra. A depender dos resultados obtidos com o estudo, um projeto pode chegar a ser inviabilizado. Graças à sondagem, é possível conhecer as características do terreno, como o tipo de solo, a profundidade, o comportamento, o perfil, o nível do lençol subterrâneo, caso haja, e a resistência do solo.
O Drenar DF, maior programa de captação e escoamento de águas pluviais do Governo do Distrito Federal (GDF), seguiu todas as normas vigentes para sondagem de solo.
“A análise pode ser comparada com uma radiografia médica. Várias equipes vão a campo para estudar o terreno a ser usado. É com base nesses estudos que nós conseguimos traçar um cronograma de etapas a serem cumpridas”, explica o diretor-técnico da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), Hamilton Lourenço Filho.
O projeto do Drenar DF possui 7,7 quilômetros de túneis que vão direcionar a água da chuva para a bacia de detenção, localizada próxima ao Lago Paranoá. O solo mole foi o mais comum encontrado na extensão do programa
A partir dos estudos, foram identificados três tipos de solo com os quais os operários iriam se deparar na etapa de escavação dos túneis:
→ Solo mole
→ Solo pouco rígido
→ Solo muito rígido
Com um investimento de R$ 180 milhões, o projeto do Drenar DF possui 7,7 quilômetros de túneis que vão direcionar a água da chuva para a bacia de detenção, localizada próxima ao Lago Paranoá. O solo mole foi o mais comum encontrado na extensão do programa.
Como o estudo é realizado
A sondagem do solo precisa ser realizada antes de se tomar qualquer decisão do projeto, como a escolha dos materiais e os custos da iniciativa. A técnica usa equipamentos especializados, como sondas de percussão, sondas de rotação ou sondas de cone, que são inseridas no solo para coletar amostras e medir as propriedades do terreno.
As especificações de um projeto conseguem determinar a profundidade e a posição das sondagens a serem feitas. Mapas geológicos e dados sísmicos também podem ser usados. Concluído o estudo, um relatório técnico especifica as descrições das camadas de solo que auxiliam no planejamento da obra.
Etapas
Concluída a primeira etapa do programa, que abrange as primeiras quadras da Asa Norte, a Terracap deve executar a segunda fase do projeto, que compreende as quadras 4 e 5 até as quadras 14 da Asa Norte. O material está em aprovação na Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e aguarda recursos. Um terceiro projeto está em estudo para atender as quadras de finais 15 e 16.
Além do projeto de captação de águas pluviais, o Drenar prevê a criação do Parque Urbano Internacional da Paz, que abrigará a bacia de detenção do Drenar e uma praça.
Com 5 mil m² de área livre, o espaço contará com esculturas e 249 árvores e arbustos, entre espécies para sombreamento, como magnólias-do-brejo, aroeiras-vermelhas e copaíbas, e frutíferas, a exemplo da aceroleira, pitangueira, amoreira, jabuticabeira e goiabeira.
O projeto, desenvolvido pela Terracap em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh-DF) e seguindo exigências do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), ainda inclui uma ciclovia de 1,1 km de extensão contornando o parque.
Fonte: Agência Brasília