Mais de dez mil pessoas devem ser beneficiadas com a construção de uma rotatória no Riacho Fundo. A obra, iniciada na semana passada, vai organizar e dar segurança a um cruzamento de quatro direções entre a QS 16 e a avenida principal da QS 14. A demanda antiga da população vai sair do papel graças aos esforços do Governo do Distrito Federal, que investirá R$ 100 mil para solução do problema que provoca acidentes constantes.
A obra segue a máxima da gestão: trabalho integrado entre os órgãos. Executado pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) em parceria com a Administração Regional do Riacho Fundo, o projeto foi feito a muitas mãos, com participação dos departamentos de Trânsito (Detran) e de Estradas de Rodagem (DER) e das companhias Energética de Brasília (CEB) e de Saneamento Ambiental (Caesb).
Confira a localização da obra:
O serviço envolve pavimentação asfáltica, ajuste de raio e demolições, que consistem na retirada da estrutura existente no local dentro de uma área de 500 metros quadrados. O planejamento foi feito com máximo cuidado, inclusive evitando a derrubada de uma árvore.
Para preservar a iluminação, um poste foi remanejado e realocado em três metros de distância. A boca de lobo também deve ser reestruturada e uma nova sinalização viária será feita após conclusão. A pista que corta o Riacho Fundo vai da Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB) até o Riacho Fundo II.
“Quando o governador Ibaneis visitou a cidade, explicamos a problemática e, de imediato, ele chamou todos os órgãos. Fizemos uma grande reunião e foi feito o projeto, muito trabalhoso. Com integração de todos os órgãos, conseguimos que saísse do papel. Todos os cuidados foram tomados, a população foi avisada das intervenções”, conta a administradora regional do Riacho Fundo, Ana Lúcia Melo.
Quem mora nas proximidades ou passa por ali com frequência sempre tem uma história de acidente ou incidente para contar. “Toda hora tem alguma coisa. O povo não tem paciência, não faz as conversões certas, entra na contramão, aperta a mão na buzina sem dó”, conta o aposentado Antônio de Carlos Lemos, 58 anos.
Ele vive ali há mais de quatro décadas e acredita que a construção da rotatória vai, enfim, organizar o espaço. “Passou da hora. A gente, de bicicleta, falta ser atropelado com essa confusão toda”, diz. Também morador das redondezas, o advogado Ernesto Pessoa, 41 anos, diz que o problema no local é a filtragem inadequada dos fluxos. “O projeto é muito positivo porque é um local com muita colisão.”
“A segurança do trânsito, assim como sua fluidez, foi o foco dessa ação. Trata-se de uma demanda antiga, que governos anteriores não tiveram a sensibilidade suficiente para perceber que uma intervenção planejada ajudaria a salvar vidas”, observa o presidente da Novacap, Fernando Leite.
Nova praça
Avança a revitalização do Skate Park localizado na Área Central 2 da região. Coordenador da obra, o assessor da Novacap Panayote Spyratos conta que quase 40% da execução está pronta. Na quinta-feira (1º), equipes trabalharam na concretagem da nova calçada com acessibilidade em volta do espaço e no reparo de ferragens para manobras. Também estão previstos serviços de reposição, recuperação e pintura de alambrados e reforma das arquibancadas.
Ali, já houve troca da iluminação por lâmpadas de LED e o policiamento foi reforçado. A administração regional firmou parceria com a Federação de Skate do Distrito Federal que vai providenciar a grafitagem da pista. Eles também demonstraram intenção de fazer uma cobertura para o local e de promover aulas de esporte para os jovens da cidade.
Máquinas também fazem terraplanagem de uma área lateral, que será transformada em uma praça. Serão plantados 320 metros quadrados de grama e mudas de ipês, além da instalação de bancos. “A ideia é transformar neste espaço, que já foi um depósito irregular de entulho, em um local de convivência para toda a família. Assim, a gente combate a drogadição”, conta a administradora.
Para o presidente da Novacap, Fernando Leite, a transformação do Skate Park surge como forma de combate à criminalidade. “O que está acontecendo ali é um trabalho de devolução desse equipamento público à comunidade local. É uma estrutura que pode servir tanto para lazer quanto para competições profissionais, bem como oficinas e encontros comunitários. Quando a comunidade ocupa, a criminalidade desaparece”, resume.
Fonte: Agência Brasília