A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) está investigando casos de servidores públicos do GDF que, mesmo recebendo salários integrais, estariam desempenhando suas funções em regime de home office fora da capital federal incluindo outras cidades brasileiras e até países como Portugal e Inglaterra.
A apuração, impulsionada por denúncias recebidas por parlamentares e pela imprensa, revelou situações que vão além da simples ausência física. Um dos casos mais emblemáticos é o de uma servidora da própria CLDF, que estaria em regime remoto, mas exerce simultaneamente um mandato de vereadora em um município de Minas Gerais. A situação, exibida em reportagem da TV Record Brasília, levantou questionamentos sobre a legalidade e a moralidade do acúmulo de funções públicas em diferentes esferas.
A Mesa Diretora da CLDF já publicou uma suspensão de 60 dias para novas concessões de teletrabalho, exigindo que todos os servidores residam no Distrito Federal ou na região metropolitana. A Diretoria de Gestão de Pessoas será responsável por definir os critérios para comprovação de residência.
A pressão por transparência aumentou após o governo local, ainda em janeiro, recomendar o fim do home office por meio de um decreto da então governadora em exercício, Celina Leão.
A investigação tem o objetivo de garantir que os recursos públicos estejam sendo corretamente aplicados e que os servidores estejam efetivamente cumprindo suas obrigações funcionais no território sob a jurisdição do GDF.
Redação