Por Cris Oliveira
Reforço social no prato
O governador Ibaneis anunciou o aumento do valor do Cartão Prato Cheio, que passará de R$ 250 para R$ 280. O tempo de concessão do benefício também foi ampliado de 9 para 18 meses. O programa completa cinco anos e passa a ser tratado como política permanente de segurança alimentar. A medida reforça a marca social do governo e entra no radar das ações com peso eleitoral.
Obras em ritmo acelerado
O GDF entregou a duplicação da DF-140 e anunciou R$ 18,3 milhões para pavimentar trecho da DF-285. Ibaneis e Celina Leão têm percorrido regiões administrativas e usado as entregas como vitrine de gestão. Para muitos, é o ensaio oficial da pré-campanha governista.
ENEM e inclusão
A Secretaria de Educação realizou mutirões de inscrição para o Enem 2025, aproveitando a isenção automática para alunos do 3º ano. A mobilização nas escolas é positiva, mas sem políticas de acesso real ao ensino superior, o Enem ainda segue sendo mais um passo do que uma ponte.
Capelli sem hospedagem
A proposta de Ricardo Cappelli (PSB), presidente da ABDI e pré-candidato ao GDF, de se hospedar uma semana em cada Região Administrativa do DF virou meme nos bastidores.
O “airbnb social” flopado
Sem anfitriões dispostos, o projeto batizado de “airbnb social” flopou antes de começar. A tentativa de aproximar a imagem popular escorregou na falta de aderência até entre aliados.
Figurinha piscante sentiu o baque
O personagem polêmico das redes, conhecido por ataques pessoais e ironias sem propostas, foi notificado judicialmente por calúnia e injúria. A “figurinha piscante” agora terá que se explicar na Justiça. Quem planta provocação…
João Rocha quer escrever a própria história
Filho do governador Ibaneis Rocha, João Pedro Rocha não esconde de ninguém que quer seguir os passos do pai. Jovem, presente nas agendas oficiais e ativo nas redes sociais, João vem reforçando um discurso voltado aos mais vulneráveis e deve ser lançado como candidato a deputado distrital pelo MDB em 2026. No recente AgroBrasília, discursou ao lado de Ibaneis e Celina Leão, demonstrando segurança e ambição política. Mesmo com o pai defendendo que o filho siga primeiro na advocacia, o cenário aponta que João está pronto para transformar seu sobrenome em voto e em projeto político próprio.
Celina Leão ganha força, mas vice ainda é mistério
Celina Leão é tratada como nome certo da base para disputar o GDF em 2026. O governador Ibaneis deve concorrer ao Senado, e nos bastidores são ventilados nomes para compor a vice: Gustavo Rocha (Casa Civil), Wellington de Moraes (Secretário de Comunicação) e José Humberto Pires, o “Pezão”, secretário de Governo com forte articulação política. Embora o cargo de vice pareça secundário, no jogo político ele pode ser determinante. Tudo dependerá da composição partidária e do desenho final da direita no DF. Até a convenção, muitas águas vão rolar.
Apostas, lucros e hipocrisia: o jogo do faz de conta
Enquanto o Senado tenta dar um freio na publicidade das casas de apostas, proibindo a participação de atletas em atividade, influenciadores e artistas, a essência do problema permanece intocada. É mais fácil maquiar a vitrine do que enfrentar a estrutura. O Estado continua lucrando com um mercado que alimenta o vício e fragiliza famílias, tudo isso em nome da arrecadação. Proibir propaganda parece nobre, mas é uma saída conveniente para quem não quer mexer no que realmente importa: a permissividade institucional que transforma a fragilidade humana em fonte de receita.
Semana da Mulher na CLDF: flores no púlpito, ausência nas cadeiras.
A Câmara Legislativa do DF fez bonito no discurso, mas segue devendo na prática. Das 24 cadeiras, apenas quatro são ocupadas por mulheres e, em toda a história, nunca passou de cinco. Isso em um DF onde elas são maioria da população. A deputada Doutora Jane é a primeira mulher negra a ocupar uma cadeira em mais de três décadas de parlamento, o que escancara que o problema vai além do gênero é também racial. A democracia segue excludente, com mandatos que, mesmo bem-intencionados, não refletem a pluralidade real das mulheres do DF.
Renovação na CLDF é o foco
O recado das ruas é claro: o eleitor não aguenta mais a improdutividade de certos deputados distritais. A Casa do Povo precisa de oxigênio novo. A expectativa é que, em 2026, ao menos 80% da Câmara Legislativa seja renovada. Dentro do MDB-DF, o clima já é de “briga de foice” pela formação de chapas. Nomes novos devem surgir com força, e deputados como Daniel Donizet criticado pela falta de respeito com às mulheres podem ficar de fora. A eleição promete ser o julgamento político.