As Quentes da Política do DF

Palco, povo e prestígio: Ibaneis sela liderança política diante de 500 mil pessoas


A festa de 65 anos de Brasília foi palco não só de grandes shows, mas também de uma demonstração explícita de força política. Diante de mais de 400 mil pessoas reunidas na Esplanada dos Ministérios, o governador Ibaneis Rocha subiu ao mega palco sem receber uma única vaia, um feito raro em tempos de polarização e insatisfação generalizada com a classe política. A recepção calorosa consolidou sua imagem de liderança popular e reforçou sua posição como referência de governo no DF. Ibaneis sai da festa maior do que entrou: aclamado, articulado e já com um pé no Senado.

 

Ibaneis Rocha lança pré-candidatura ao Senado


Durante a posse na Academia Brasiliense de Direito, o governador Ibaneis Rocha (MDB) oficializou o que já era ventilado nos bastidores: vai disputar o Senado em 2026. Em tom de despedida, disse que quer levar sua “experiência no direito e no governo” para o Congresso, com foco na segurança pública e reforma do processo penal. A fala marcou o início da corrida pela no Senado.

 

Celina Leão se movimenta nos bastidores
Enquanto Ibaneis projeta seu futuro político, a vice-governadora Celina Leão (PP) intensifica agendas em áreas estratégicas e deve assumir o governo interinamente nos próximos meses, com a possível licença de Ibaneis. Fontes do Buriti apontam que ela já articula apoio para 2026.

 

 

Vergonha alheia define

 

 

O pré-candidato ao GDF pelo PSB, Ricardo Cappelli, segue acumulando fiascos nas redes sociais em sua tentativa de se projetar no DF. A mais recente: um post pedindo sugestões de lugares para visitar em Samambaia, desde que sejam locais onde o governador Ibaneis Rocha “nunca foi”. Difícil missão. Com dois mandatos à frente do Palácio do Buriti e bem votado na Zonal 13, que inclui justamente Samambaia, é mais fácil encontrar esse lugar no Maranhão do que no DF. A sensação é que Cappelli, em vez de se conectar com a cidade, está apenas colecionando constrangimentos online em sua fixação em superar Ibaneis.

 

 

Leis culturais em pauta e embate com a União

 


O DF busca garantir repasses da Lei Aldir Blanc 2 e cobrar maior protagonismo na formulação de políticas culturais junto ao governo federal. Parlamentares como Max Maciel (PSOL) e Iolando Almeida (MDB) têm pressionado o Ministério da Cultura por mais celeridade na liberação de recursos.

 

 Reguffe nos bastidores


Mesmo fora dos holofotes, o ex-senador Reguffe voltou a ser pauta nos bastidores. Com a confirmação da pré-candidatura de Ibaneis ao Senado, aliados de Reguffe já articulam seu retorno à disputa. Silencioso, ele pode ser o nome da “terceira via” em 2026, com discurso anticorrupção e de austeridade. Ou inércia?

 

 

 Pesquisa interna agita os partidos


Levantamento interno de um grande partido local circulou entre líderes políticos nesta semana. Os dados mostram um cenário fragmentado para o GDF em 2026, com Ibaneis liderando para o Senado e Celina à frente na corrida ao Buriti. O nome do deputado distrital Ricardo Vale (PT) também aparece como possível surpresa para o Executivo local.

Seis deputados faltam e travam CPI do Rio Melchior

A CPI do Rio Melchior, criada para apurar a contaminação do curso d’água que corta regiões densamente povoadas do DF, está parada por falta de quórum. A ausência inviabilizou votações importantes, como a convocação de representantes de empresas investigadas. A presidente da CPI, deputada Paula Belmonte (Cidadania), anunciou que pedirá a substituição dos ausentes para garantir a continuidade das investigações.

 

 

CLDF restringe julgamento por servidores que ascenderam sem novo concurso

 

A Procuradoria-Geral da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) estabeleceu que servidores que ingressaram na Casa por meio de concursos de nível médio não podem integrar comissões disciplinares responsáveis por julgar colegas ocupantes de cargos de nível superior. O parecer responde a dúvidas sobre a legalidade da participação de Analistas Legislativos que chegaram ao cargo sem novo certame, após a reestruturação da carreira promovida pela Lei nº 7.244/2023. A norma elevou a exigência de escolaridade para cargos como o de Técnico Legislativo, permitindo que servidores de nível médio migrassem para funções de nível superior. A Procuradoria reforça que, em casos mais complexos — como os que envolvem procuradores legislativos —, é essencial garantir a equivalência de escolaridade na formação das comissões, sob risco de nulidades. O órgão também recomendou a criação de normas para um intervalo mínimo de participação em comissões, funcionando como uma espécie de “quarentena”.

 

 

Cris Oliveira

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