Paratletas do DF conquistam vaga no Pan-Americano de Parabadminton 2025 em São Paulo

Quatro paratletas brasilienses garantiram classificação para o Campeonato Pan-Americano de Parabadminton 2025, que será realizado em São Paulo, entre os dias 22 e 26 de outubro. A conquista veio após seletiva disputada no início de agosto e reforça o papel dos Centros Olímpicos e Paralímpicos (COPs), da Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal (SEL-DF), como espaços de formação de talentos, inclusão e transformação social.

O secretário de Esporte e Lazer do DF, Renato Junqueira, destacou a importância da conquista: “Essa vitória é fruto de muito esforço e dedicação, mas também da relevância dos COPs como locais de oportunidade. O esporte transforma vidas e esse resultado mostra que estamos no caminho certo: investindo em políticas públicas que revelam talentos e elevam o nome do Distrito Federal”.

Estrutura que transforma vidas

No COP de Samambaia, o coordenador do Núcleo de Pessoas com Deficiência, Bruno Supriano, ressaltou que a estrutura oferecida é determinante para o desenvolvimento dos paratletas: “Muitas pessoas chegam aqui sem nenhuma perspectiva. Nosso trabalho é resgatar a autoestima e mostrar novos caminhos. O esporte paralímpico já nos trouxe conquistas significativas e seguirá trazendo”.

Alessandra: exemplo de superação

Entre os classificados está Alessandra Damasceno Silva, de 27 anos, atleta do COP de São Sebastião. Ela começou no parabadminton há apenas três anos e, desde então, vem acumulando resultados expressivos. Hoje, além da rotina intensa de treinos, recebe apoio do Bolsa Atleta, do Programa Compete Brasília e conta ainda com o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que ajuda a manter seus dois filhos, de 8 e 13 anos.

“O esporte me transformou. Ele me deu objetivo para terminar os estudos e iniciar a faculdade. Meu maior sonho é ser a número 1 do Brasil, viajar para o exterior e ser um exemplo para os meus filhos”, afirma Alessandra.

O treinador da atleta, Maurício Alves de Araújo, acredita no potencial de sua pupila: “A Alessandra é uma mulher fora da curva. Em cada competição, ela se supera. Estamos trabalhando para chegar à seleção brasileira e, quem sabe, às Paralimpíadas”.

Inspiração para novos talentos

O sucesso de Alessandra já serve como motivação para outros jovens. O paratleta Ian Fernandes, de 17 anos, disse encontrar inspiração na trajetória da colega: “Ela é um espelho para todos nós. Ver que a Alessandra sempre conquista medalhas e agora vai disputar um Pan-Americano mostra que também podemos sonhar alto”.

A classificação dos quatro paratletas do DF não apenas garante representação no Pan-Americano de Parabadminton, mas também reforça o papel do esporte como ferramenta de transformação social, inclusão e esperança para toda uma geração.

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