“Precisamos dar importância a tudo que as crianças e adolescentes falam, deixando claro que eles devem pedir ajuda se estiver acontecendo algo que os incomoda”
Fabiana Gadelha, subsecretária de Políticas para Crianças e Adolescentes da Sejus
Para marcar o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) divulga, nesta terça-feira (18), a cartilha virtual Diálogo: o caminho da prevenção. O material contém informações e dicas para as famílias conversarem com as crianças e adolescentes sobre a violência sexual, com destaque para as orientações que não podem faltar dentro de casa.
Para a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, a publicação endossa um princípio básico: o de conversar abertamente sobre esse assunto. “O diálogo é a melhor prevenção”, destaca. “Os pais podem orientar os filhos, por exemplo, sobre o que é carinho e consentimento, os tipos de violência, como navegar com segurança na internet. Todas essas informações estão na cartilha lançada hoje para que possamos construir juntos um DF livre da violência”.
O material também alerta os pais e responsáveis sobre a importância de uma comunicação respeitosa. “Nós adultos precisamos escutar e dar importância a tudo que as crianças e adolescentes falam, deixando claro que eles devem pedir ajuda se estiver acontecendo algo que os incomoda”, resume a subsecretária de Políticas para Crianças e Adolescentes da Sejus, Fabiana Gadelha. Outra dica é que as famílias fiquem atentas a mudanças de comportamento das crianças e adolescentes, como choro excessivo, medo, ansiedade, isolamento social, entre outros sintomas que podem indicar casos de violência e abusos.
A orientação da Sejus é clara: se suspeitar ou presenciar situações de violência, denuncie. Procure o Conselho Tutelar mais próximo ou entre em contato com os serviços Ligue 125, Disque 100 e Disque 190.
Luta pelo fim da violência
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Responsável pelas políticas de infância e adolescência no DF, a Sejus faz parte da mobilização do 18 de Maio, data instituída pela Lei 9970/00 como Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes.
A instituição dessa data é fundamentada no assassinato de Araceli Cabrera Crespo, uma menina de oito anos que foi drogada, estuprada e morta por jovens de classe média alta, em 18 de maio de 1973, em Vitória (ES). Esse crime, apesar de sua natureza hedionda, até hoje permanece impune. O objetivo é mobilizar a sociedade brasileira a se engajar na defesa dos direitos de crianças e adolescentes e na luta pelo fim da violência sexual.
Acesse aqui a cartilha.
*Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania
Fonte: Agência Brasília