Ano após ano, o Capital Moto Week se destaca por dar visibilidade e valorizar as múltiplas formas de manifestações culturais e estimular a economia criativa local. Na edição 2024, a programação é uma das maiores de sua história, reúne mais de 500 artistas, mais de 90 bandas, em mais de 110 shows. De 18 a 27 de julho, além do line up musical, já esperado pelo público, o maior festival de motos e rock da América Latina apresenta artes plásticas, arte urbana, dança, música e cinema.
“Costumo dizer que o Capital Moto Week é uma plataforma que promove diversas conexões, entre público, marcas e os artistas, que fazem a magia acontecer”, afirma a CEO do festival, Juliana Jacinto. Ela destaca que o CMW se consolida como ponto de encontro para os criadores que movimentam a economia criativa. “Além de promover a cultura, oferecemos um espaço para grandes nomes da música, bandas independentes, artistas visuais, dançarinos, atores e outros talentos exibirem seus trabalhos e ganharem visibilidade”, acrescenta Juliana.
Das mais de 90 bandas que tocam na Cidade da Moto, 52 são do Distrito Federal, refletindo o DNA de fomento à cultura e a tradição roqueira da região. Dentre elas, Raimundos é a banda brasiliense de maior projeção nesta edição, que abriu os headliners do festival. “O Capital Moto Week sempre se preocupou em abrir o palco principal para a expressão musical local. A forte representação do DF no line-up reforça esse compromisso”, avalia Pedro Franco. Segundo ele, a política do festival é colocar no palco principal, pelo menos uma banda da cidade antes do headliner.
“O Capital Moto Week é uma grande oportunidade para o DF movimentar todo seu arcabouço cultural e desenvolver a cadeia produtiva. O festival não só fala só de arte e cultura, mas traz economia, renda, sustentabilidade e desenvolvimento”, afirma o Secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Claudio Abrantes. A Secretaria incentiva o festival por meio da LIC, que, segundo o secretário: “É uma ferramenta de produção e difusão de arte e cultura, facilita a realização de eventos como o Capital Moto Week e estimula o mercado criativo no Distrito Federal”.
Muito além das guitarras
Um dos responsáveis por “colorir” o festival é o artista urbano Fernando Elom, de 46 anos. Natural de Ceilândia, ele estampa paineis e obras pelo Capital Moto Week desde 2022, destacando a resiliência e a positividade. Sua produção neste ano é toda realizada em papelão, seguindo visão mais sustentável e acessível. “A intenção é refletir a arte urbana e trazer um pouco dessa realidade para os ambientes, com um toque de autenticidade”, destaca o artista, que ostenta paineis grafitados também na Loja Conceito do Iguatemi.
Autodidata, Elom relata que sua escolha pela arte foi influenciada pela cultura pujante de Ceilândia. Com obras que são criadas nas ruas, ele destaca a realidade das áreas carentes do DF. “Cresci em Ceilândia e sempre me inspirei na energia do lugar. A arte é uma ferramenta poderosa de transformação e expressão para esses jovens. Chamo Ceilândia carinhosamente de ‘senhora’, simbolizando a resiliência e a positividade de sua comunidade.”
Outro artista que marca presença no festival é Hugo Ximenes. Movido à arte e Rock’n Roll, o artesão de Taguatinga leva suas peças de metal provenientes de carros, motos, tratores e ferramentas. “O CMW é fundamental para minha carreira. Com público apaixonado por motocicletas, música e cultura automotiva, é o cenário ideal para a minha arte”. Além de expor suas peças, Hugo tem a oportunidade de decorar ambientes do festival, ampliando sua visibilidade como artista.