Há 11 anos, Rafael Pereira, 80 anos, teve que amputar a perna direita devido a uma queda do telhado de sua casa. Para continuar sua rotina independente, o aposentado ganhou uma prótese. Assim como ele, milhares de pessoas também foram beneficiadas com os equipamentos, que, além de garantir a independência, melhoram a autoestima e ajudam na reinserção social.
Entre 2019 e 2021, por exemplo, 1.469 próteses ambulatoriais para membros superiores e inferiores – para pessoas que amputaram alguma parte do corpo – foram adquiridas pela Secretaria de Saúde. Dessas, 526 já foram entregues e há previsão de chamar mais 200 pessoas para receberem a peça este ano. O investimento foi de R$ 3,5 milhões.
Em janeiro deste ano, também foram concedidas 89 próteses de alta tecnologia de membro inferior – que não eram adquiridas pelo GDF desde 2013. Os acessórios são mais caros, de titânio, e oferecem maior mobilidade ao usuário.
“Antes da pandemia, eu costumava viajar sozinho. Vou ao mercado, açougue, verdurão, banco, igreja”, conta Rafael. “Todo o processo, desde a cirurgia até a fisioterapia e o uso da prótese, foi bem-acompanhado. Só tenho a agradecer a todos os profissionais envolvidos, que me ajudam quando eu preciso até hoje”, comenta o morador de Ceilândia Sul.
Qualidade
São sete tipos de próteses ambulatoriais disponibilizadas: desarticulação de quadril e de joelho, endoesquelética transfemural (para a coxa e perna) e transtibial (para as pernas); de pirogoff (para as amputações parciais do pé), transumeral (para o braço) e transradial (para o antebraço). A chefe da Oficina Ortopédica da Secretaria de Saúde, Maria Fernanda Baciuk, explica que os equipamentos são feitos de alumínio e aço.
“Todo produto adquirido passa por uma avaliação da equipe técnica para garantir a qualidade na hora da entrega”, ressalta a chefe da oficina. “São próteses muito boas que ajudam não só na independência dessas pessoas, mas também promovem autoestima e permite que elas façam atividades profissionais e sociais.”
O governo local também oferta próteses cirúrgicas. Entre 2019 e 2021, foram inseridas 642 peças durante operações – nos ombros, quadril e joelhos – ao custo de R$ 2,2 milhões. “Elas são colocadas para tratar diversos problemas, como fraturas, patologias, doenças degenerativas”, informa Jorge Oliva, Referência Técnica de Distrital (RTD) de Ortopedia da Secretaria de Saúde.
Como conseguir uma prótese
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A Unidade de Saúde Básica (UBS) é a porta de entrada para os atendimentos de saúde. Por lá, o paciente será encaminhado para realizar o tratamento de fisioterapia e reabilitação, além de ser orientado a comparecer ao Núcleo de Atendimento Ambulatorial de Órteses e Próteses e Materiais Especiais (Naopme).
Na unidade, localizada na Estação do Metrô da 114 Sul, na Praça do Cidadão, o interessado fará sua inscrição e entrará na fila de espera pelo equipamento. Para mais informações, basta ligar, gratuitamente, para 2017-1145, nos ramais 1164 ou 1129.
Fonte: Agência Brasília