A menos de um mês do embarque, os preparativos para a viagem dos estudantes selecionados pelo programa de intercâmbio Pontes para o Mundo estão a todo vapor. Para além de separar o caderno, a caneta e as roupas na mala, este também é o momento de cuidar da saúde mental, passo fundamental para potencializar os aprendizados, ampliar a autonomia e enriquecer ainda mais a vivência que terão no Reino Unido.
Pensando em oferecer um suporte integral, que contemple não apenas a parte acadêmica, mas também o bem-estar emocional, a Secretaria de Educação (SEEDF), com o apoio técnico da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), iniciou, na segunda-feira (8), a realização de sessões de acompanhamento psicológico com os estudantes selecionados e suas famílias.
Os encontros ocorrem ao longo da semana, até sexta-feira (15), em blocos nos quais estão organizados os participantes e seus familiares. As sessões têm como objetivo preparar os estudantes para a experiência internacional, orientando-os a buscar ajuda quando necessário e, especialmente, a desenvolver autonomia por meio de exercícios de autorregulação, realizados durante as atividades.
A psicóloga da Diretoria de Atendimento e Apoio à Saúde do Estudante (Diase) da SEEDF, Clara Outeiral, integra a equipe responsável pelos atendimentos preventivos e também fará parte do grupo de profissionais que acompanhará os alunos em parte do intercâmbio.
Segundo Clara, oferecer esse cuidado é fundamental para garantir uma preparação integral aos estudantes. “Não adianta pensar apenas no aspecto acadêmico do programa. É preciso trabalhar também as habilidades pessoais e socioemocionais. Como eles ainda estão em fase de formação, esse suporte é importante para prevenir possíveis dificuldades e orientar estratégias de cuidado no dia a dia, incentivando a autonomia e o desenvolvimento emocional”, explica a psicóloga.
O cuidado emocional oferecido pela equipe técnica já começa a mostrar resultados entre os participantes. As sessões têm sido um espaço de acolhimento e preparação prática para lidar com os sentimentos, entre eles a própria ansiedade gerada pela expectativa do intercâmbio. “O atendimento psicológico foi essencial para lidar com a ansiedade antes da viagem e me deu mais segurança para enfrentar essa nova experiência. Os psicólogos mostraram atenção e sensibilidade, ajudando a encontrar soluções para lidar com as expectativas e desafios do intercâmbio”, destacou Felipe Berg, de 16 anos, estudante do Centro de Ensino Médio (CEM) 06 de Ceilândia.
Suporte em solo estrangeiro
Durante os atendimentos, os adolescentes participaram de atividades práticas, como a escrita de cartas para si mesmos, que serão lidas ao final da viagem. A proposta é que possam perceber as transformações e o crescimento pessoal proporcionados pelo intercâmbio.
Clara também explicou para os estudantes como será o atendimento, uma vez que se encontrem em solo estrangeiro. “Eles terão acesso a atendimento médico e psicológico por meio do seguro de saúde contratado, mas nossa intenção é atuar como ponte, garantindo que se sintam confiantes para buscar ajuda. Já teremos um vínculo estabelecido aqui, o que facilita muito na hora de recorrer a nós lá fora”, reforçou.
Com esse cuidado ampliado, a SEEDF reforça o compromisso de oferecer aos intercambistas não apenas uma experiência acadêmica e cultural, mas também o suporte necessário para que ela seja vivida com mais segurança, equilíbrio e autonomia.
*Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)