O aviso é claro e visível: proibido jogar lixo ou entulho. Mas parece não adiantar. Os terrenos baldios e as ruas do Distrito Federal são diariamente invadidos por restos de construção, lixos e materiais inservíveis (como móveis e eletrodomésticos imprestáveis).
Somente nesta terça-feira (13), as equipes do GDF Presente recolheram 97 pneus na Cidade Estrutural, peças que estavam espalhadas e são alvo fácil para armazenamento de água de chuva e consequente reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Foram aproximadamente 72 toneladas de entulhos e inservíveis. Eram guarda-roupas, sofás, mesas com gavetas e restos de materiais de obras deixados nas ruas pelos moradores.
Ações como esta se repetem todas as semanas nas regiões administrativas do Distrito Federal, num constante investimento de recursos públicos e mão de obra. Tudo para deixar mais limpas e seguras as áreas públicas em que parte da própria população contribui para sujar.
Para conscientizar os moradores a fazer o descarte correto dos materiais que não vão mais utilizar, a Administração Regional da Estrutural prepara uma campanha junto às lideranças comunitárias. Dicas de como contratar uma caçamba para jogar os restos de material de construção estarão entre as orientações.
“A vida próxima e relacionada ao antigo lixão da Estrutural contribuiu para a cultura do descarte irregular de materiais na porta de casa. É isso que queremos mudar”, explica o administrador Gustavo Cunha.
Recanto das Emas
Próximo à divisa do DF com Santo Antônio do Descoberto, em Goiás, uma espécie de distrito do Recanto das Emas passou também por uma limpeza neste início de semana. Em Água Quente, área que chegou a ser rural, mas posteriormente foi urbanizada, as máquinas do GDF Presente contribuíram para um grande mutirão de limpeza.
Somente na operação desta terça foram utilizados quatro caminhões, uma retroescavadeira e uma pá mecânica. Cada caminhão fez duas viagens transportando entulhos, com uma média de 4 toneladas cada um. Por lá, também o GDF Presente lavou paradas de ônibus, desobstruiu manilhas para passagem de águas das chuvas e limpou as ruas da comunidade – onde vivem, aproximadamente, 28 mil habitantes – às margens da DF-190.
Mauro Cavalcante, de 42 anos, mora e tem um mercadinho em Água Quente há cinco anos. Ele conta que de uns tempos para cá a área tem passado por constante manutenção de limpeza, mas que o descarte irregular de entulhos e inservíveis pelos moradores ainda é um problema que precisa ser mudado. “É uma tristeza, mas, felizmente, o GDF tem vindo sempre, coletando esses materiais e cuidando frequentemente da comunidade”, conta.
Fonte: Agência Brasília