Na rede pública de educação do Distrito Federal a educação antirracista se faz presente na vivência dos estudantes durante o ano todo. Para celebrar o Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, as atividades se intensificam. Neste sábado (18), o Centro de Ensino Médio 2 (CEM 02) de Ceilândia encerrou a semana de conscientização com um festival de apresentações dos estudantes sobre o racismo.
“Foram desenvolvidos trabalhos abordando temas como o racismo estrutural, a importância do negro na mídia, as questões relacionadas às cotas e ao racismo recreativo que, muitas vezes visto como brincadeiras inofensivas, pode, no entanto, ferir uma pessoa”, relata o supervisor pedagógico, Luiz Jesus.
Eliel de Aquino, diretor do CEM 02, destaca que o debate sobre a promoção de uma educação antirracista na escola já é uma tradição anual e, geralmente, desperta grande interesse entre os estudantes. “É um momento em que os alunos participam muito e trazemos para o debate a história dos negros e negras, e hoje eles participam com orgulho da semana. O ambiente na escola melhorou bastante, os alunos sentem que têm lugar de fala com bastante respeito”, enfatiza. A escola atende aproximadamente 2 mil alunos, do 1º ao 3º ano do ensino médio, nos turnos matutino e vespertino.
Representatividade
O Dia da Consciência Negra é celebrado em homenagem ao quilombola Zumbi dos Palmares, que foi morto em 20 de novembro de 1695 e foi um dos principais representantes da resistência negra, e tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre a contribuição da cultura negra e a luta contra o racismo. Em 10 de novembro de 2011, a data foi oficializada como Dia Nacional de Zumbi e Dia da Consciência Negra pela lei 12.519.