“Tivemos essa preocupação com a parte da alimentação na pandemia porque o momento em que eles tiram a máscara para comer é o mais descontraído”
Fernanda Mateus, diretora de Alimentação de Educação do DF
Coloridas, discretas, sofisticadas ou mesmo comuns, as máscaras têm sido um acessório fundamental na rotina de todos desde que a pandemia começou, em 2020. Na volta às aulas, esses artigos serão indispensáveis. Mas é impossível usá-los na hora do lanche. Para tanto, uma cartilha foi preparada com dicas de como professores e profissionais que trabalham com alimentos devem proceder e, assim, orientar os alunos.
“Tivemos essa preocupação com a parte da alimentação na pandemia porque o momento em que eles tiram a máscara para comer é o mais descontraído – o alimento faz isso -, e preparamos com muito cuidado esse material”, destaca a diretora de Alimentação da Secretaria de Educação (SEE), Fernanda Mateus. “Foram várias lives, reuniões virtuais para se chegar a um consenso na formatação dessas informações, enfim, da cartilha.”
Com pegada lúdica, o material, intitulado Alimentação escolar e biossegurança – retorno às aulas presenciais na pandemia de covid-19, tem 30 páginas e foi elaborado com o apoio da Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde (SES) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), do Ministério da Educação. A publicação está sendo distribuída nas diretorias e cantinas das escolas e também , estará disponível virtualmente no site da Secretaria de Educação.
“Fizemos banner, sinalizamos as escolas todas, estamos deixando os espaços mais seguros para os alunos; tomamos todos os cuidados”
Cássia Nunes, coordenadora de ensino do Gama
No manual, há informações básicas – “regras de ouro” como destaca a publicação – de como se dá a contaminação, além de dicas com medidas de distanciamento e higienização e orientações para os cuidados com a máscara, que devem ser trocadas após os lanches.
“O intuito é que esse material seja trabalhado pedagogicamente pelos professores no cotidiano das escolas”, salienta Fernanda Mateus. A coordenadora da Regional de Ensino do Gama, Cássia Maria Marques Nunes, reforça: “Além do acolhimento desses alunos, tem a questão da conscientização. As primeiras semanas vão ser desse trabalho de orientação aos alunos sobre os perigos e cuidados com relação à covid”.
Na prática, a hora das refeições será escalonada nos períodos do almoço, lanche da tarde e jantar, com horários diferentes para cada turma. O mesmo acontece com o recreio, que será dirigido pelo professor. “Os alunos só poderão brincar ou manusear objetos pessoais, nada de brincadeiras ou jogos coletivos”, explica a coordenadora .
A Secretaria de Educação reforça que a logística ficará a cargo de cada escola. Por isso, a instituição pode optar por servir as refeições diretamente nas salas de aula. No entanto, é fundamental a higienização de mesas e cadeiras a cada turno, com o uso de álcool 70%. Antes de comer, detalhes importantes devem ser observados, como a lavagem das mãos com água e sabão.
Os bebedouros estão proibidos; o correto é incentivar que cada um leve sua garrafinha com água
Outra recomendação que deve ser respeitada pela garotada é evitar falar, rir ou tossir enquanto estiver sem a máscara. Os bebedouros estão proibidos; o correto é incentivar que cada um leve sua garrafinha com água. Após as refeições, outra prática relevante: ensinar a garotada a descartar os restos de alimentos nas lixeiras disponíveis nos refeitórios, pátios ou salas de aulas, conforme dinâmica interna de cada unidade escolar.
“Fizemos banner, sinalizamos as escolas todas, estamos deixando os espaços mais seguros para os alunos; tomamos todos os cuidados”, conta Cássia Nunes. “Os profissionais de ensino do Gama estão confiantes. Agora que estão todos vacinados, é o momento realmente do retorno.”
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Confira, abaixo, algumas orientações para uma alimentação segura na escola:
- Retirar as máscaras antes do consumo dos alimentos, pegando no elástico apenas com as mãos e colocando o item em um saco plástico pessoal;
- Evitar colocar a máscara diretamente sobre a mesa;
- Após a refeição, garantir a troca da máscara por uma limpa;
- Higienizar adequadamente os utensílios utilizados nas refeições;
- Como os bebedores estão interditados, é preciso orientar os estudantes a levarem suas garrafinhas de água, não as compartilhando;
- Caso a escola opte ou necessite servir as refeições diretamente nas salas de aula, é fundamental adotar a higienização de mesas e cadeiras a cada turno, com o uso de álcool 70%;
- Servir e entregar a refeição aos estudantes em ambientes arejados e em recipiente apropriado;
- Dividir os refeitórios ou áreas, de preferência abertas e ventiladas, evitando o contato entre grupos;
- Higienizar corretamente as mãos antes do consumo dos alimentos.
Fonte: Agência Brasília