Escola aposta na inovação dos métodos de aprendizagem

Imagine uma escola na qual as decisões são tomadas em conjunto com a comunidade, onde valores como respeito e autonomia são praticados dia a dia e o próprio espaço é criado para facilitar a aprendizagem. Essa instituição existe: é a Escola Classe Comunidade de Aprendizagem (EC CAP), do Paranoá, que atende estudantes da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental.

Todos os espaços da EC CAP propiciam interação entre os alunos | Foto: Divulgação/SEE

Segundo a diretora da unidade de ensino, Renata Resende, a CAP propõe novas formas de aprender, a partir de estímulos a princípios como amorosidade e responsabilidade. A proposta ainda contempla uma nova forma de participação da escola na comunidade e da comunidade na escola.

No episódio podcast do EducaDF desta semana, o tema é a proposta da CAP, que busca a autonomia dos estudantes e a participação da comunidade nas decisões escolares. Ouça o episódio nas plataformas de áudio.

 Um sonho possível

“Mesmo na pandemia, a escola, gestores e professores têm dado apoio às famílias. Eles se preocupam se estamos bem”
Adriana Marques Monteiro, mãe de alunos que frequentam a EC CAP

“A gente lidava todos os dias em sala de aula com a evasão escolar e a desmotivação dos estudantes”, conta Renata Resende. “Pesquisamos outras formas de trabalho e, nessa busca, recebemos o apoio do professor José Pacheco, que é um dos fundadores da Escola da Ponte e do Fórum Autonomia, da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília [UnB].”

A Escola da Ponte é uma unidade pública de Portugal que, desde 1976, propõe mudanças radicais, como a não adoção de séries e a valorização de temas que estimulem cada estudante, de maneira solidária. Ou seja, eles mesmos se ajudam.

Mãe de duas crianças que frequentam a EC CAP, Adriana Marques Monteiro afirma que a experiência não poderia ser melhor. “Mesmo na pandemia, a escola, gestores e professores têm dado apoio às famílias”, conta. “Eles se preocupam se estamos bem”.

Atividades

As aulas mediadas por tecnologia não têm impedido a execução dos projetos escolares. Os mais recentes contemplam um sarau com a presença da artista Martinha do Coco, moradora do Paranoá, e de uma representante da cultura popular, além de um bate-papo das crianças com a equipe de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do Paranoá.

“Estar em um espaço educacional como a CAP é uma forma de significar a vida e ressignificar o fazer educacional”, resume o professor Mateus Fernandes de Oliveira.  Por sua vez, a diretora se recorda que, durante uma ida à biblioteca com o educador, as crianças encontraram um parquinho quebrado. Elas voltaram para a escola pensando em como poderiam ajudar a consertá-lo.

A partir dessa situação, foi elaborado um projeto e, entre outras ações, os estudantes escreveram uma carta e levaram pessoalmente ao coordenador da Regional de Ensino do Paranoá. O resultado é que o parquinho foi reformado. “Priorizamos a metodologia de trabalho de projetos”, pontua Renata. “A ideia é que os nossos projetos ampliem o conhecimento e o diálogo com o espaço em que as pessoas vivem”.

*Com informações da Secretaria de Educação

Fonte: Agência Brasília

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