A Comissão de Saúde da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), presidida pela deputada Dayse Amarilio (PSB), tem sido alvo de críticas crescentes por sua atuação considerada ineficiente na fiscalização do sistema de saúde pública do DF. Com a responsabilidade de acompanhar e cobrar melhorias no setor, a comissão tem deixado a desejar e a omissão não tem passado despercebida nem mesmo dentro do próprio PSB.
O também socialista Ricardo Cappelli, ex-interventor do DF e atual presidente da ABDI, tem feito uma verdadeira peregrinação por unidades de saúde, denunciando falhas e cobrando providências. Embora tente direcionar as críticas ao governador Ibaneis Rocha, na prática, seus ataques acabam por evidenciar a inoperância da Comissão de Saúde da CLDF e, por consequência, a ausência de protagonismo da deputada Dayse na fiscalização parlamentar.
Nos bastidores da CLDF, a parlamentar já ganhou um apelido: “Deputada Dory”, em alusão à personagem da Disney conhecida por nadar em círculos sem saber exatamente o que está fazendo. A comparação ilustra o sentimento de que Dayse está sempre presente em eventos e fotos, mas sem exercer de fato o poder e a responsabilidade do mandato que ocupa.
Segundo fontes, Dayse Amarilio dedica parte de seu tempo a dar aulas em um cursinho preparatório, o que tem gerado ainda mais questionamentos sobre suas prioridades como parlamentar. Além disso, fontes próximas afirmam que a deputada esteve muito mais preocupada, nos últimos meses, em articular a ocupação de cargos na Administração Regional do Guará, onde mantém uma relação de amizade com o atual administrador do que em liderar ações concretas pela saúde pública.
Outro ponto de incoerência frequentemente lembrado por colegas de plenário é o discurso da deputada contra o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IGES-DF). Dayse tem sido uma das vozes mais críticas à atuação da OS, mas evita mencionar que o modelo foi criado durante um governo do próprio PSB. O governador Ibaneis Rocha apenas deu continuidade à estrutura, herdada da gestão anterior, para evitar o colapso imediato no atendimento à população, decisão que, mesmo controversa, teve como foco a manutenção dos serviços.
Para completar o cenário constrangedor, a deputada foi recentemente barrada em um fórum da área de saúde e, mesmo assim, tentou se inserir à força nos debates públicos. A atitude foi vista como mais uma tentativa de performar protagonismo em vez de praticar ações concretas. O episódio reforça a avaliação de que seu mandato está sendo subutilizado, girando em torno de aparições, articulações políticas e simbolismos, enquanto a saúde pública segue carente de fiscalização real.
Cris Oliveira