Os partidos políticos já estão se movimentando para as eleições de 2018 no DF. Apesar de serem eles os principais participantes da campanha, a preparação que a antecede não vem sendo muito animadora. Um dos motivos é a incerteza por causa da reforma política, confira:

 

PSB: o partido do Governador Rodrigo Rollemberg está fazendo encontro nas zonais e passa por um momento estável e se prepara para a reeleição do Governador, o que não será tão fácil como foi em 2014, conta  com uma larga influência dada ao partido na  nacional e seus conchavos que poderão beneficiar futuras coligações. O partido deverá sofrer uma baixa no quadro de futuros candidatos a deputado distrital e tentará levar o Secretário das Cidades Marcos Dantas a deputado federal.

PSDB: Fecha o ciclo de intervenções e abre a democracia para os seus correligionários. O partido que sofreu no DF duas intervenções nacionais consecutivas elegerá o novo diretório eleito pela militância, o que acabou com o glamour do atual presidente indicado por Aécio Neves. Com seus planos frustrados, o deputado Izalci terá que concorrer com os veteranos Tucanos caso pense em continuar como presidente. A convenção do partido já está com data marcada pela executiva nacional.

DEM: apesar de não ter tido uma nominata muito forte em 2014, o DEM sobrevive tranquilamente mesmo com a divulgação de alguns escândalos antigos sobre seu presidente deputado federal Alberto Fraga, que aparece nas pesquisas para Governador com 4,3%.

PP: O PP de Rôney Nemer não tem grandes nomes para 2018, mas entrará em uma vantajosa costura por causa do seu tempo de TV. Uma coisa é certa, o PP é um dos partidos que o Filippelli tem para barganhar e chamar de seu.

PT: Depois da crise política nacional e da prisão do ex-governador Agnelo, o partido das estrelas precisa se reinventar. O PT-DF aparece nas pesquisas para o governo em 2018, mas sabemos que o nome da deputada Érica Kokay não passa do percentual já existente pois sua rejeição é de 36%. 2018 não dará PT para governo do DF.

PMDB: O partido dos grandes caciques sofre crise nacional com as delações e a prisão do ex-vice-governador Tadeu Filippelli. Depois da prisão, Filippelli começou suas reuniões com visão nublada e ainda tenta ser, pelo menos, deputado federal. A última notícia que abalou ainda mais Filippelli, foi a divulgação das fotos do dinheiro da propina que estava no celular do ex- vice governador. As fotos que não se sabe á origem, revelam um comportamento assustador de políticos que registra as entregas e até a desova do dinheiro. Tudo indica que as fotos estavam no celular, porém, a propina ilustrada nas fotos, já rodavam em outras matérias e parece ser de um corrupto do Rio do Janeiro.

Fazer o Quê? A tara da propina existe.

O PMDB tenta incluir no quadro a ex-deputada Eliana Pedrosa para uma possível costura em uma provável chapa majoritária. Eliana deverá sentir o gostinho do Butantã, caso aceite o convite.

PTB: O partido sobreviveu depois do escândalo do ex-presidente Gim Argelo. Agora está sob nova direção tendo como presidente o ex-deputado Alírio Neto, que tenta ser candidato a governador. Mas as boas línguas avisam que Alírio está se cacifando para concorrer a deputado federal tranquilamente. O partido abriga também a deputada distrital Liliane Roriz, que está com seu destino indefinido.

PRB: o partido da Igreja Universal tenta abrir as portas para abrigar os evangélicos de outra igreja. O PRB sonha com uma vaga de Vice-Governador para o seu presidente, o que é pouco provável, mas não é impossível, já que poderemos ter mais de 4 chapas majoritárias concorrendo em 2018. O partido conta com nomes fortes para o legislativo e o nome do deputado distrital Júlio Cesar que sairá deputado federal, mesmo sendo réu na Operação Drácon.

PR:  O partido que esteve disputando em 2014 deverá permanecer com o mesmo candidato a governador, o médico Jofran Frejat, com a diferença de concorrer com um palanque mais leve dessa vez: sem Gim, Luiz Estevão e Arruda. Frejat está bem nas pesquisas e vem trabalhando no anonimato e com muita cautela. Uma coisa é certa, Frejat cresceu e hoje se encontra como o terceiro colocado das pesquisas sendo o nome mais provável e limpo da direita. Procura um Vice para chapa.

PPS: o partido trabalha para achar um palanque para reeleger o Senador Cristovam Buarque, em segundo lugar nas pesquisas. Os articuladores tentam achar um nome forte para apoiar e tem dois deputados em situação não muito agradável por terem sido citados na operação Dracon e hoje serem réus. Não estão podendo lutar por fichas limpas.

PSD: o partido vive um momento de “desatar os nós” feitos na eleição de 2014 com o PSB. O vice-governador Renato Santana colocou o partido em situações delicadas com o Governo de Brasília e não se adaptou ao cargo de vice. Mesmo assim trabalha nas ruas apertando a mão do povo, recebendo sugestões para concorrer a uma vaga a deputado distrital. O deputado federal Rogério Rosso sente as consequências nas pesquisas para Governador. Rosso tem boas ações no Congresso, mas não tem mais o contato desejado pelo eleitorado de Brasília, atua distante do eleitorado. O partido conta com o deputado distrital Cristiano Araújo que é autor de Leis interessantes como a que liberou o lanche nos Cinemas da Cidade e está trabalhando como nunca no projeto deputado em sua casa, visitando e colhendo demandas do povo, apesar de ter seus problemas judiciais.

PRP: o partido trabalha para abrigar alguém que possa crescer com ele e com uma nova visão partidária. Blogueiros da cidade que possivelmente serão candidatos estão filiados no PRP, que também luta pela não aprovação do distritão que seria o fim dos partidos menores.

Podemos: o antigo PTN terá seu representante nas eleições de 2018. O deputado distrital Rodrigo Delmasso vem trabalhando para fortalecer o partido e possivelmente será candidato a deputado federal.

 

Cris Oliveira