Com Investimento de R$ 18 Milhões, Piscina com Ondas será Revitalizada no Complexo Aquático Moderno

Referência para filhos de Brasília nos anos 80, a piscina de ondas ganha revitalização histórica. Primeira piscina de ondas da América Latina, o Parque da Cidade foi um refúgio refrescante para os brasilienses entre 1978 e 1997, atraindo até 10 mil pessoas nos finais de semana para desfrutar de suas ondas artificiais de 1 metro de altura.

A vice-governadora Celina Leão assinou, nesta sexta-feira (1º), a ordem de serviço para execução da reforma da Piscina com Ondas do Parque da Cidade, desativada há 27 anos. Serão investidos R$ 18,2 milhões no projeto, que prevê desde a recuperação e ampliação do espaço até a instalação de um rio lento, piscina infantil e outras edificações no que será o novo complexo aquático da capital.

Com a assinatura, as próximas etapas compreendem as elaborações dos projetos básico e executivo de arquitetura e engenharia, cada uma com cerca de 120 dias de prazo.

“Não se trata apenas de uma reforma; nós ampliamos todo o empreendimento. Quem teve a oportunidade de conhecer aqui já tem uma memória afetiva dessa piscina com ondas, mas ela não era muito apropriada para crianças pequenas. Então, nesse projeto, a gente pensou também nesse público infantil e nas pessoas idosas. É um complexo aquático e esportivo para atender todas as idades”, destacou a gestora.

A vice-governadora lembrou que parte do investimento empenhado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) na execução das obras é proveniente de emenda parlamentar de quando ainda era deputada federal. Na ocasião, ela também ressaltou a importância da retomada de um dos espaços de lazer mais icônicos de Brasília.

“Nós estamos ocupando e recuperando aqueles espaços que estavam abandonados há muitos anos, como pode ser percebido aqui. É uma área enorme que será ocupada de forma definitiva pelo GDF, trazendo lazer, iluminação pública e embelezando ainda mais o Parque da Cidade”, completou Celina Leão.

A expectativa é de que o novo complexo aquático seja gerido pela Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal (SEL-DF) ou por uma entidade, por meio de chamamento público. “Estamos trabalhando para que o impacto financeiro seja o menor possível para a população. É um espaço para o povo e a gente não pretende privatizá-lo até porque existe um investimento de recursos públicos para sua construção”, explicou o secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira.

Projeto

As obras serão executadas pela empresa Engemil – Engenharia, Empreendimentos, Manutenção e Instalações Ltda. A contratação contempla, entre outras coisas, a reforma e a ampliação do espaço, o restauro, e a construção, o fornecimento e a instalação de equipamentos e de brinquedos aquáticos, incluindo montagem, realização de testes, comissionamentos, pré-operação e demais operações necessárias e suficientes à entrega final.

“Nós vamos transformar o que era só uma piscina em um complexo aquático, com uma piscina com ondas bem moderna e melhorada, inclusive com ondas para a prática de surf”

Fernando Leite, presidente da Novacap

“Este GDF quer muito mais e nós vamos transformar o que era só uma piscina em um complexo aquático, com uma piscina com ondas bem moderna e melhorada, inclusive com ondas para a prática de surf. Vamos conservar parte das características arquitetônicas do espaço, mas os equipamentos serão outros – novos e mais modernos”, detalhou o presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), Fernando Leite.

O administrador do Parque da Cidade, Todi Moreno, afirmou que a reforma da piscina era uma demanda antiga dos usuários do maior parque urbano da América Latina. “Existe uma nostalgia muito grande com esse espaço e muitas crianças, que não viveram essa infância aqui, vão poder tê-lo como referência. Será mais um espaço de lazer, especialmente nos dias quentes e secos”.

 

Parque da Cidade, a primeira do tipo em toda a América Latina, era mais que um ponto de encontro e lazer. Ao longo dos quase 20 anos em que ficou aberto – desde a inauguração, em 1978, até ser desativado, em 1997 – , o espaço figurou entre os principais refúgios para a seca brasiliense. Não à toa, no auge, suas águas agitadas com ondas de até 1 metro de altura foram capazes de reunir uma média de 10 mil pessoas aos fins de semana.

Além das ondas que encantavam crianças e adultos, a Piscina com Ondas abrigou momentos culturais importantes da capital federal. Artistas como Cássia Eller e Zélia Duncan participaram de rodas de viola ao redor da piscina, e o local foi cenário de gravações de videoclipes, como o da música Tempestade, da banda Maskavo Roots. Esse videoclipe, filmado em 1995, deu grande visibilidade à banda ao alcançar o primeiro lugar no Disk MTV, consolidando o espaço como um ícone da cena cultural e musical da cidade.

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