Chance de recomeçar em um lar mais seguro e adaptado

Maria Rita e os envolvidos no programa se emocionaram na hora da entrega da casa reformada | Foto: Lúcio Bernardo. Jr./Agência Brasília

Ao entrar no terreno onde fica a sua casa, Maria Rita das Chagas não conteve as lágrimas. O abraço apertado na filha mais velha, Aline, é carregado de emoção e alívio. Por 20 anos, a dona de casa teve que conciliar os cuidados com o filho Jonathan, que tem deficiências física e mental, com as dificuldades do terreno desnivelado e a falta de acessibilidade. Problemas que, agora, não existem mais.

A reconstrução do lar de Maria Rita e Jonathan no Residencial do Bosque, em São Sebastião, foi possível graças à intervenção do GDF, por meio do programa Melhorias Habitacionais, da Companhia de Desenvolvimento Habitacional (Codhab), que investiu cerca de R$ 50 mil na obra. A casa nova possui uma área de aproximadamente 60 metros quadrados com sala, cozinha, dois quartos, área de serviço, banheiro adaptado e portas mais largas do que as convencionais.

Conforto para Jonathan e praticidade para Maria Rita nos cuidados do dia a dia | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

“Estou muito feliz, ficou muito melhor do que eu imaginava”, disse Maria Rita ao receber as chaves da casa da equipe da Codhab, que acompanhou a entrega da obra. “Mudou da água pro vinho. Antes era muito difícil cuidar da casa do jeito que estava e cuidar dele [Jonathan]. Agora vai ser totalmente diferente”, finaliza, com esperança.

A antiga casa de Maria Rita e Jonathan apresentava sérios problemas estruturais. O mais grave era o desnível do terreno em relação à rua, que chegava a impressionantes 90 centímetros, situação que foi resolvida com o aterramento e nivelamento do solo. Além disso, as paredes da casa tinham rachaduras, mofo e infiltrações, e o banheiro ficava instalado do lado de fora. Tudo isso foi resolvido com a reconstrução completa do local.

A conclusão da obra e a consequente entrega da casa não deixaram feliz apenas Maria Rita e sua família, mas também toda a equipe que se envolveu no projeto desde o início. “Traz uma satisfação enorme como servidora pública. É um retorno para a sociedade prover melhores condições de habitação, dar o direito à moradia para quem precisa de fato”, explica a coordenadora do Programa de Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social da Codhab, Sandra Marinho.

“Essa ponte entre o Estado e o beneficiário da política pública é feita por uma sensibilidade de toda a equipe multidisciplinar envolvida, desde a assistente social, engenheiros, arquitetos, construtores, até a diretoria e a presidência da Companhia”
Sandra Marinho, coordenadora do Programa de Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social da Codhab

Um trabalho que também é pautado pela compaixão e pela empatia com quem mais precisa desses serviços. “Essa ponte entre o Estado e o beneficiário da política pública é feita por uma sensibilidade de toda a equipe multidisciplinar envolvida, desde a assistente social, engenheiros, arquitetos, construtores, até a diretoria e a presidência da Companhia”, finaliza a coordenadora.

Além da casa de Maria Rita em São Sebastião, a Codhab atualmente também atua em outros seis serviços de manutenção ou reconstrução de moradias precárias de famílias que possuem um ou mais membros com algum tipo de deficiência física ou mental.

Conheça o programa

O Melhorias Habitacionais é um subprograma vinculado ao eixo Projeto na Medida, com base na Lei Federal n° 11.888/2008. O texto assegura assistência técnica pública para reforma de habitação a famílias em vulnerabilidade social, sempre em áreas de interesse social regularizadas ou passíveis de regularização. As obras dependem de disponibilidade orçamentária e são executadas por empresas credenciadas pela Codhab.

Codhab investiu cerca de R$ 50 mil nas adaptações e melhorias do imóvel | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

Núcleos familiares com algum integrante deficiente já tinham prioridade, mas, desde setembro de 2020, a Codhab e a Secretaria Extraordinária da Pessoa com Deficiência (SEP) assinaram acordo de cooperação técnica para criar um nicho específico. Assim, de forma focada, podem oferecer acessibilidade, mobilidade e qualidade de vida para pessoas com deficiência (PcD).

Fonte: Agência Brasília

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